
Tite Campanella (PL) assumiu definitivamente a Prefeitura de São Caetano, durante cerimônia de posse na Câmara dos Vereadores, realizada na manhã desta quarta-feira (01/01). O agora ex-vereador ocupa o lugar no Palácio da Cerâmica deixado por José Auricchio Júnior (PSD), que comandou a cidade por quatro gestões. O recém-empossado prefeito destacou, como metas, evoluir na Educação, agilizar os atendimentos na Saúde, além de dialogar com municípios vizinhos para ações de Mobilidade.
Durante discurso, Tite deu mais ênfase na Educação, que segundo ele, não retomou totalmente a qualidade, depois da pandemia da Covid-19. “Temos que avançar na qualidade da Educação Pública. Ainda não nos recuperamos dos tempos da pandemia e nossos estudantes necessitam estar preparados para enfrentar o mercado de trabalho e a vida, tornando-se cidadãos plenamente desenvolvidos e livres”, analisou.
O novo prefeito falou, entre as prioridades, em humanizar a Saúde e o atendimento, visando proporcionar agilidade nas consultas e exames. Para a Mobilidade Urbana, o foco será construir diálogos com os seus homólogos Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo, e Marcelo Lima (Podemos), de São Bernardo, para ações conjuntas, a fim de melhorar o fluxo de veículos, além de dar continuidade nas obras de combate às enchentes no bairro Fundação.
Essa é a segunda vez que Tite assume o governo municipal, visto em 2021, ocupou a cadeira de prefeito interinamente, por meio da condição de presidente do Legislativo na época, quando Auricchio teve candidatura indeferida no ano anterior pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), em razão da acusação de doações irregulares na eleição de 2016. A situação somente foi revertida quase um ano depois, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anular a decisão anterior.
Exatamente esse período de 11 meses no comando da cidade, de forma interina, que pavimentou a caminhada de Tite do Parlamento para o Palácio da Cerâmica, fato que ele mesmo citou em seu discurso de posse, tendo como base o combate ao surto de coronavírus.
“Tivemos a inteligência de compreender e enfrentar o desconhecimento, aliando coragem para garantir a abertura do comércio e a manutenção da atividade econômica, ao mesmo tempo em que vacinávamos em massa a população. Isso permitiu me apresentar à cidade como o nome que disputaria a sucessão municipal”, discorreu.
Tite também lembrou de seu pai, Anacleto Campanella, prefeito da cidade em duas oportunidades (1953-1957 e 1961-1965), e que teve o seu mandato de deputado federal cassado pelo Ditadura Militar (1964-1985). “Acostumei-me a conviver com um pai dedicado com São Caetano do Sul e ao seu povo, ora na Prefeitura, ora na Assembleia Legislativa e finalmente na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde precocemente, por força da ditadura de ocasião, seu mandato, seu sonho e sua luta foram encerrados”, frisou.
O atual prefeito foi eleito em outubro, com o apoio de 60.858 eleitores de São Caetano – 59,61% dos votos válidos -, derrotando com ampla margem o concorrente Fábio Palácio (Podemos), que angariou 28.330 sufrágios (27,75%). O então candidato teve em seu palanque Auricchio, que designou como vice-prefeita na chapa do candidato do PL, Regina Maura (PSD), secretária municipal de Saúde daquela gestão.
Câmara de São Caetano define Dr. Seraphim na presidência

Em sessão solene para a posse dos 21 vereadores pela 19ª legislatura, Dr. Seraphim (PL) foi eleito presidente da Câmara de São Caetano para o biênio 2025-2026 com folga ao obter 19 votos, superando outros nomes que entraram na disputa, como Bruna Biondi (PSOL) e Getúlio Filho (União Brasil). Farão parte da nova mesa diretora Professor Ródnei (PSD) como vice-presidente, Professor Jander Lira (PSB) como primeiro secretário, Dr. Marcos Fontes (PP) segundo secretário, Americo Scucuglia (PRD) terceiro secretário.
Governabilidade
Se depender da amarração eleitoral, o prefeito Tite Campanella (PL) não terá dificuldades para avançar suas pautas no Legislativo. Além de ter o correligionário Dr. Seraphim na presidência da Casa, o bloco governista, oriundo da chapa que elegeu o liberal à chefia do Executivo em outubro, é formado por 18 dos 21 vereadores.
Mais votada para o Parlamento no pleito do ano passado com o apoio de 5.848 eleitores e responsável por dar a posse para Tite como prefeito, Bruna Biondi (PSOL) se isola no papel de oposição ao governo.