Sete cidades do ABC vão iniciar as novas legislaturas nas câmaras municipais, com a posse de 150 vereadores, nesta quarta-feira (1º/01). Em um mapa ideológico, partidos de direita e centro-direita formam ampla maioria, com 116 cadeiras, ou seja, 77% dos espaços ocupados nos parlamentos, enquanto que as legendas de esquerda terão à disposição 34 assentos. O PL é o partido que terá maior representatividade na região, com 17 parlamentares, seguido pelo PT, com 16. Ao todo, a região terá 11 mulheres no mandato, ou seja, apenas 7% entre todos os vereadores.
A cidade com mais vereadores é São Bernardo, com 28 representantes, com cada um valendo R$ 19.680,05 de salários mensais aos contribuintes As bancadas do Podemos e Cidadania formarão maioria, com cinco cadeiras de cada lado, seguido do PT, com quatro, tornando-se a única ala da esquerda no Parlamento. Ao todo, serão 23 homens e cinco mulheres que vão compor a nova legislatura: Ana Nice e Ana do Carmo (ambas do PT), Nina Braga (PL), Sandra do Leite (Podemos), e Luana Eloá (MDB)
Além da posse para os novos mandatos, os 28 vereadores do Parlamento de São Bernardo vão definir a nova mesa diretora. Após um consenso na base aliada do prefeito eleito Marcelo Lima (Podemos), o presidente Danilo Lima (Podemos) será reeleito no comando da Casa e deve compor a mesa diretora com Ana Nice (PT) como vice, Aurélio (Podemos) como primeiro secretário e Joilson Santos (PRTB) como segundo.
Na vizinha Santo André, a Câmara dos Vereadores passará de 21 para 27 parlamentares na nova legislatura, cada um com subsídios mensais de R$ 24.754,79. Enfraquecido na região, o PSDB tem na cidade a sua fortaleza e será a maior bancada, com quatro representantes. A direita contará com 22 vereadores, enquanto a esquerda com cinco. A única mulher da Casa é a vereadora reeleita Ana Veterinária (PSD). Conforme noticiado pelo RD, o atual presidente Carlos Ferreira (MDB) será reeleito ao posto.
Conhecida por ser uma cidade mais conservadora da região, onde a esquerda nunca governou, São Caetano teve uma vereadora do PSOL como a mais votada: Bruna Biondi, com apoio de 5.848 eleitores. Única mulher no Legislativo, ela, inclusive, presidirá a sessão para as posses do prefeito Tite Campanella (PL) e dos outros 20 colegas de Casa, até a definição do novo presidente para o próximo biênio. A direita é ampla maioria, ocupando 17 assentos, sendo a maior bancada do PL: cinco. Cada vereador ganhará R$ 14.500,00 mensais, com direito a 13º salário.
A maior bancada da Câmara de Diadema será o PT, com cinco vereadores, que junto com os outros dois do PSB, formarão a esquerda no Parlamento, entre 21 legisladores. A cidade terá duas mulheres no Legislativo: Patty Ferreira (PT) e Fernanda Durães (MDB). Mais uma vez a eleição da mesa diretora contará com chapa única, desta vez, sem representantes petistas. O presidente será Rodrigo Capel (PSD), o primeiro vice-presidente será Cícero Antônio da Silva, o Cicinho (PSB); o segundo vice-presidente será Francisco Gonçalves Nogueira Júnior, o Juninho do Chicão (PP); Lucas Almeida (União Brasil), Talabi Fahel (PV) e Jeferson Leite (PT) serão os primeiro, segundo e terceiro secretários.
Única cidade a ser governada pela esquerda após a reeleição de Marcelo Oliveira (PT), Mauá deve também ter a confirmação da reeleição de Juninho Getúlio (PT) como presidente da Casa, após as posses de 23 vereadores, sem nenhuma mulher. O Parlamento contará com oito representantes de esquerda e centro-esquerda, embora Marcelo Oliveira tenha maioria para aprovar seus projetos no Legislativo. PT e PRD formam as maiores bancadas: três cada.
Ribeirão Pires terá 17 vereadores empossados para o próximo mandato, a maior fatia pertencendo ao PL, partido do prefeito reeleito Guto Volpi, com cinco representantes, enquanto PT e PSB ficam com um vereador cada pelo espectro da esquerda. O Legislativo terá duas mulheres: Amanda Nabeshima (PP) e Fernanda Henrique (PT).
Menor cidade do ABC, Rio Grande da Serra inicia a nova legislatura com 13 vereadores. Puxados pelo prefeito eleito Akira Auriani, o PSB, partido de centro-esquerda, terá a maior bancada: três parlamentares. O PCdoB completa o bloco progressista com uma cadeira. A exemplo de Mauá, a cidade não elegeu uma mulher para o próximo quadriênio.