
Usuários das UBSs (unidades básicas de saúde) de Ribeirão Pires enfrentam problemas para obter suprimentos e medicamentos importantes para tratamentos de diversas doenças, bem como auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade social. Itens básicos, como fraldas e pomadas, são motivos de reclamações dos munícipes.
Tatiane Brito Silva (40 anos) obtém fraldas da Secretaria de Saúde do município para a filha, possui síndrome genética rara, que inclui várias doenças associadas, como microcefalia, cardiopatia, autismo e epilepsia. “Recebo o Benefício de Prestação Continuada por conta das deficiências dela, porém é só um salário mínimo para pagar todas as despesas. A conta não fecha”, diz a mãe.
A moradora de Ribeirão Pires decidiu então recorrer ao Judiciário para conseguir ao menos fralda gratuita, que obtém do benefício há um ano. Mas nesse período, diz ter frequentemente retirado fraldas do tamanho errado e algumas vezes em menos quantidade. “Sempre também ocorrem atrasos na entrega e alegam que está em ‘processo de compra’ no recibo”, comenta Tatiane.
A situação da falta de suprimentos e medicamentos nas unidades de saúde da cidade gera também repercussão nas redes sociais. Em umas das postagens, feita inclusive pela moradora que deu o depoimento, há usuários que comentam o atraso de 8 dias na entrega de medicamentos.
Outra munícipe comenta sobre a situação, ao alegar que não consegue pomadas para uso contínuo, e que obtém a mesma resposta da Prefeitura, que não há suprimentos e nem previsão de distribuição.
Em nota, a Prefeitura diz que atende a demanda de fraldas na rede e que há medicamentos disponíveis nas unidades básicas de saúde para diversos tratamentos.