
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, deixou o PSDB após duas décadas de filiação. A saída foi causada por uma série de rusgas internas. Quatro legendas procuraram o ex-tucano para falar sobre seu futuro político. A informação foi divulgada pelo gestor para pa Folha de S.Paulo e o portal Metrópoles nesta terça-feira (17/12).
Morando aponta que o PSDB “perdeu a sua essência” e que o partido “não respeita sua militância”. A principal reclamação é sobre algumas lideranças do partido como Aécio Neves, o presidente nacional Marconi Perillo e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Nos últimos anos, Orlando perdeu espaço na legenda e viu o crescimento do grupo mais próximo do governador gaúcho. Mas eleições municipais resolveu lançar sua sobrinha, Flávia Morando (União Brasil), como candidata a prefeita e ficou longe da legenda que apoiou o nome do deputado federal Alex Manente (Cidadania).
Além de vereador e deputado estadual, Orlando foi eleito por duas vezes como prefeito de São Bernardo, maior cidade comandada pelo PSDB até então. Conseguiu ajudar na eleição de sua esposa, Carla Morando (PSDB), como deputada estadual. Em 2020, conseguiu fazer com que o tucanato ocupasse 10 das 28 cadeiras da Câmara de São Bernardo. Todos os vereadores deixará o partido e migraram para legendas que apoiaram Flávia e o prefeito eleito, Marcelo Lima (Podemos).
A expectativa é que Orlando Morando realize uma coletiva de imprensa nessa quarta-feira (18/12), para dar mais detalhes de sua saída do PSDB.