FSA se prepara para ser referência em Inteligência Artificial na região

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A FSA (Fundação Santo André) implantou disciplinas de IA (Inteligência Artificial) em todos os seus cursos além aplicar a tecnologia em seus processos administrativos, e ainda oferece capacitação gratuita para escolas do Ensino Médio e empresas da região. Com isso a fundação quer se tornar uma referência em IA no ABC. Em entrevista ao RDTv o reitor Rodrigo Cutri explica como a Inteligência artificial está presente nos cursos e a importância desta tecnologia para a formação profissional e empregabilidade.

“A inteligência artificial nada mais é do que um programa de computador, um algoritmo, com uma série de processos do computador, e que vai trabalhar uma base de dados do ponto de vista estatístico. Vai trabalhar qual é a probabilidade para que, a partir de uma entrada ele me dê uma saída de informações. Isso existe desde a década de 50 e o que a gente teve aí é um salto com Open AI, com ChatGPT. Isso veio porque conseguimos alcançar um nível de processamento muito grande, então o que antes era restrito aos grandes laboratórios, hoje está na palma das nossas mãos e faz parte do nosso dia a dia”, diz o reitor.

Cutri explica as inúmeras aplicações que a IA pode ter na educação e no mercado de trabalho. “Com a IA generativa em que você pode escrever e conversar com ela como em um chat, você pode dizer que é estudante do Ensino Médio e que quer se preparar melhor para uma disciplina, informar os conteúdos e ele vai te traçar um plano de estudos. Se é professor vai mostrar como preparar uma aula. Se pode criar um plano de vendas, de marketing, planejamento estratégico, roteiro de um vídeo, um script de um podcast, como desenvolver posts para a rede social, quem é da área de RH pode buscar perfis de vagas para emprego e como fazer questões de entrevistas de emprego. O estudante também pode se preparar para uma entrevista”, enumera.

Desafios

Para desmistificar a IA e mostrar que ela é uma oportunidade e não algo que vem para acabar com os empregos, Rodrigo Cutri destaca a necessidade de uma formação moderna que envolva o ensino da tecnologia para enfrentar a competitividade do mercado de trabalho nos próximos anos. “É preciso saber como fazer a pergunta correta para essa IA dar a resposta correta, aí vc precisa ter um preparo, como estruturar essa pergunta de forma adequada para que você tenha a melhor resposta. Precisa também ter uma base conceitual para entender o que você quer perguntar e saber interpretar essa resposta”, orienta.

Todos os cursos da Fundação Santo André contam com disciplinas IA dessa forma o aluno de direito, arquitetura, pedagogia, engenharia, psicologia, publicidade, comunicação ou biomedicina aprende “prompt” que é como fazer a pergunta correta para tirar o melhor proveito da IA. “O aluno aprende como a IA para fazer algo que levaria 4, 5, 10 horas e até dias, em minutos. Estamos vivendo um turbilhão de uma nova revolução industrial, assim como no início do século XX vieram os carros e os cocheiros perderam o trabalho, ou os teares que tiraram trabalho dos tecelões, vai se ter uma divisão no mercado de trabalho entre quem sabe e quem não sabe mexer com IA. Nas redes sociais, como o Linkedin, isso já começa a ser requisito para emprego então já estamos capacitando nosso corpo docente, o nosso corpo discente, para que usem as ferramentas IA”, destaca o reitor.

“Não é que a IA vai acabar com o emprego, o que acontece é que quem conhece IA é que vai substituir você no seu emprego, porque vai ter um ganho de produtividade enorme na empresa. Mas não adianta produzir e não saber interpretar o que leu, por isso que é fundamental o estudo”, diz Cutri.

Formação

A FSA criou um grupo para analisar quais são as melhores ferramentas de IA para uso no ensino, na capacitação de professores e nos processos internos da fundação. Já houve uma semana de capacitação em agosto e outra vai acontecer em janeiro. Para fevereiro está prevista uma semana de capacitação aberta à toda a comunidade; será um evento on-line em que todos poderão participar gratuitamente. “Vamos ensinar como como usar IA para escrever um currículo, como como participar de uma dinâmica, para estudar melhor, para se preparar melhor na sua profissão ou no seu estudo”, explica Rodrigo Cutri.

Além das aulas para a comunidade, escolas de Ensino Médio e empresas também podem ter capacitação em IA de forma gratuita. “Estamos abertos a fazer capacitação para os professores de escolas do ensino médio. A escola que quiser uma capacitação gratuita basta entrar em contato com através do reitoria@fsa.com.br que a gente vai oferecer uma capacitação sobre inteligência artificial gratuita porque a gente entende que, quanto mais disseminar essa nova tecnologia mais ajudamos na empregabilidade”, sustenta o reitor.

O vestibular para 2025 da FSA tem novos cursos como o de biomedicina, aberto no ano passado; o curso de design; um curso inteiramente voltado à Inteligência Artificial que é o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial em quatro anos ou o curso de tecnólogo de dois anos; os cursos fortes na área de TI, como Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Engenharia de Computação; as demais engenharias; Direito; Biologia e a Psicologia onde a IA também é usada.

“É com muito orgulho que a gente leva a FSA para esse novo patamar. Queremos ser instituição de referência em IA no ABC, seja nos processos acadêmicos, seja nos processos administrativos. Estamos nos colocando à disposição das indústrias, das escolas de Ensino Médio que queiram implementar IA e dar treinamento para equipes, procurem a FSA”, convida o reitor.

Em www.fsa.br/vestibular o vestibulando encontra informações de carreiras, áreas de atuação, salário médio e o aluno automaticamente, seja usando Enem, prova e redação online, já participa do nosso programa de bolsas. “Nossa missão institucional é promover um impacto na vida desse jovem, melhorar a empregabilidade deste estudante, com oficina de currículo, de Linkedin, colocando ele para fazer projetos de extensão e relativos à comunidade, que vão enriquecer assim ele vai para o mercado de trabalho com mais confiança”, completa Cutri.