Diadema completa 65 anos de sua emancipação neste domingo (08/12). Mas diferente dos anos anteriores em que os festejos foram amplos, neste ano a festa ocorre em meio ao período de transição entre o quarto governo de José de Filippi Jr. (PT) e o primeiro de Taka Yamauchi (MDB). E todo o processo de troca de informações ocorre enquanto questionamentos são feitos sobre a arrecadação do município para 2025.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo prevê quase R$ 3 bilhões. Porém, a cidade lidará com uma dívida superior a R$ 1 bilhão, em que a maior parte é junto ao Ipred (Instituto de Previdência Municipal de Diadema). Aliás, em novembro, um novo parcelamento de R$ 234,7 milhões foi aprovado pelo Legislativo, o que foi alvo de críticas de Taka.
“Essa decisão é mais um exemplo da forma irresponsável como o dinheiro público vem sendo gerido. O IPRED é uma situação absurda que reflete anos de má administração. Agora, de maneira ainda mais irresponsável, aprovaram um parcelamento que não só transfere o problema para a próxima gestão, mas também amarra recursos vitais para a cidade por meio do FPM. Isso pode gerar o sequestro de verbas públicas, prejudicando ainda mais a população de Diadema.”, afirmou o futuro prefeito.
A situação financeira de Diadema é uma das principais preocupações de Taka. Inclusive o primeiro secretário anunciado foi José Luiz Gavinelli, que ocupará a pasta de Finanças e será responsável tanto pela apuração de todos os dados financeiros da cidade quanto do plano para conseguir gerenciar o orçamento sem aumentar a dívida.
Outro desafio de Taka é manter a promessa de entrega dos equipamentos então iniciados na gestão de Filippi. O atual prefeito entregou a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central, porém, ainda não entregou a UPA Norte. O futuro hospital municipal ainda não teve sua obra iniciada por causa de questões ligadas a licitação. E ainda precisa concluir a obra do CEU (Centro Educacional Unificado), no bairro Promissão.
O futuro hospital conta com um orçamento para obra de R$ 330 milhões, sendo que 90% serão bancados pelo Ministério da Saúde. No caso do CEU, o Governo Federal fez um novo aporte para a conclusão da obra que base de parte das críticas de Taka durante a campanha.
“A gente não tem vaidade com isso e a gente quer o bem-estar da população acima de tudo. E hoje pode também ser condizente com essas questões, das obras que infelizmente estão paradas, atrasadas na nossa cidade e já também deixar o alento para cada um que nos assiste hoje falar que as obras, eu sou contra deixar obras paradas, respondi isso em uma entrevista agora há pouco, mas concluí todas as obras que hoje estão atrasadas, paralisadas para que a gente tenha o respeito pelo erário público e saber que a população não tem nada a ver com a irresponsabilidade da gestão”, explicou Taka em entrevista ao RDtv logo após vencer as eleições.