Após as eleições do Conselho Fiscal e de sua direção, a Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) terá a definição de seu novo Conselho Deliberativo, no próximo sábado (07/12). Em entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (05/12), o servidor público de São Bernardo e advogado, Victor Paulo Ramuno, falou sobre sua candidatura para entrar neste grupo e defendeu uma maior modernização da entidade, tanto em investimentos quanto em seu estatuto.
Uma de suas reclamações está no formato da eleição. Atualmente o Conselho Deliberativo é o responsável pela eleição do presidente da Associação. Para Ramuno, o ideal é que os mais de 240 mil associados tivessem o direito ao voto direto, tanto para a diretoria quanto para os conselhos. Outro ponto defendido pelo candidato a conselheiro é a mudança do voto em papel para o voto digital.
“Uma associação de 240 mil associados, na última eleição só teve 7,4 mil votos válidos, por causa desse expediente (voto em papel). Ao passo que, se implantasse o voto eletrônico, a AFPESP teria mais participação dos associados e com muito mais representatividade para escolher seus conselheiros e, possivelmente, o presidente e os seus conselheiros fiscais. E, para fazer essa alteração, é necessária alteração no estatuto. E é justamente por isso que a ‘Renovação’ (grupo na qual faz parte) faz a proposta de entrada.”, justifica.
Uma das preocupações de Victor é a possibilidade de votos se perderem durante o translado dos Correios ou mesmo que algum acidente possa evitar que os eleitores do interior ou do litoral tenham o seu voto garantido. Os servidores da Grande São Paulo são obrigados a se deslocar para a sede da Associação para garantir seu voto.
Advogado, Ramuno aponta a eleição da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) como exemplo. Neste ano o pleito foi feito digitalmente, a partir de um sistema próprio e que evitou deslocamentos para as casas da advocacia. Tal fato apontou uma melhora na participação de votantes neste ano em comparação aos pleitos presenciais.
Lazer e Turismo
Outro ponto defendido por Victor é um maior investimento em áreas de lazer para os servidores, o que considera que possa ser benéfico até para os municípios que recebem este tipo de equipamento.
“Por exemplo, nós temos uma proposta de unidades de lazer para diaristas. Hoje a AFPESP tem vinte e duas unidades de lazer espalhadas pelo interior de São Paulo e Minas Gerais, que são unidades de lazer. Mas a AFPESP tem outros serviços, como, por exemplo, descontos de remédio, tem convênios médicos, instrução para os servidores públicos, e presta vários serviços, e tem os seus escritórios regionais, como eu falei, tem aqui no ABC, que também fazem a reunião dos associados.”, inicia.
“Então, a AFPESP precisa dessa modernidade, por quê? Na busca desse superávit para maiores investimentos, a AFPESP, principalmente depois da pandemia, o setor de turismo foi muito atingido, e justamente a AFPESP precisa de melhorias no seu estatuto e mais participação do associado para que ela cresça. Ela ficou estagnada nesses três anos, não tendo nenhuma unidade de lazer implantada nesses três anos, para você ter uma ideia.”, concluí.