Neste período de calor, o volume de idas ao pronto-socorro e consultório médico por conta de casos de otite externa aumenta em até 30%, principalmente de crianças que adoram piscina e praia.
O otorrinolaringologista Thiago Brunelli, do Hospital Santa Casa de Mauá, explica que a otite pode ser classificada em externa ou média, além de poder ser crônica ou aguda, dependendo da região do ouvido afetada. “Assim como qualquer infecção, é essencial tratar a otite adequadamente para evitar complicações e dores intensas. Se os episódios forem recorrentes — três ou mais em seis meses — é fundamental buscar um tratamento preventivo”, alerta o especialista.
A otite externa é causada por bactérias e fungos devido ao acúmulo de água nos ouvidos ou a traumas provocados por hastes flexíveis ou outros objetos, geralmente por coceira. Já a otite média resulta de resfriados, alergias ou inflamação da adenoide. Entre as complicações mais graves, está a otomastoidite, quando a inflamação se espalha para o osso mastoide, provocando dor intensa, vermelhidão, inchaço, febre alta, perda auditiva e sensibilidade atrás do ouvido.
O diagnóstico é realizado por exame clínico, podendo ser complementado por um exame auditivo. O tratamento envolve o uso de analgésicos, anti-inflamatórios ou antibióticos, conforme a causa, sempre sob orientação médica, para evitar fluidos persistentes no ouvido médio, infecções recorrentes e problemas de audição.
Para prevenir as otites, evite mergulhar em águas sujas que possam estar contaminadas e o uso de hastes flexíveis, principalmente depois de nadar. Procure enxugar o ouvido com toalha limpa e seca, além de manter as vacinas em dia para se proteger de infecções diversas.