
Por Alexandre Padilha
A proposta de ajuste fiscal apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é como a poda de uma árvore em crescimento, necessária para que ela expanda de forma saudável.
O PIB brasileiro cresceu acima de 3% nos dois últimos anos, algo que não acontecia há uma década, e há expectativa de maior crescimento em 2025. Estamos com a menor taxa de desemprego desde 2012. As metas da inflação estão mantidas, aumentamos o investimento público e privado no país, garantimos reajustes reais e justos para o salário-mínimo e criamos mecanismos para justiça tributária, fazendo com que o país arrecade mais de forma apropriada.
Estamos no rumo certo da economia brasileira. Para que continuemos nesse trajeto, alguns ajustes precisam ser feitos com responsabilidade fiscal e social, marcas do compromisso do governo do presidente Lula.
Temos um ciclo de crescimento sustentável nesses quase dois anos de governo, que combinou avanço econômico acima das metas projetadas pelo mercado com projeções pessimistas. Esse crescimento está possibilitando a aplicação de políticas públicas para quem mais precisa.
O anúncio do conjunto de medidas garante mais justiça tributária, social e efetividade econômica para os próximos anos, gerando economia de R$ 327 bilhões ao governo até 2030, consolidando o marco fiscal.
Além disso, o governo propõe a inédita reforma da renda, que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, promessa feita pelo presidente Lula em sua campanha.
Essa isenção não causará impacto fiscal, já que quem recebe mais de R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais de tributo. Essas novas regras seguem padrões internacionais conceituados. Quem ganha mais deve pagar mais.
É preciso podar, regar e nutrir uma árvore para que ela continue crescendo com galhos e frutos saudáveis. Aprimorar o caminho é fundamental para seguir em frente, reconstruir e unir o Brasil.
Apresentamos o texto do ajuste aos líderes do Congresso Nacional, que se mostraram sensíveis e acenaram positivamente para aprovação do pacote ainda este ano. Essas medidas são necessárias para que o país fique mais forte, eficiente e justo.

*Alexandre Padilha é médico, professor universitário, ministro das Relações Institucionais da Presidência da República e deputado federal licenciado (PT/SP).