ABC - sábado , 18 de janeiro de 2025

Ribeirão Pires tem 87,5% mais mortes no trânsito e é a única onde índice cresceu

Ruas e avenidas de Ribeirão Pires foram local de morte de 15 pessoas este ano. (Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)

Com dois meses para ainda serem computados na estatística das mortes no trânsito, Ribeirão Pires já superou o número de acidentes fatais do ano passado. O levantamento do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) mostra que a cidade teve 15 mortes registradas de janeiro a outubro deste ano, número que já é maior do que as 14 fatalidades de 2023 inteiro, sendo a única cidade da região onde a violência do trânsito aumentou.

Considerados os 10 meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado a alta foi de 87,5%. Na outra ponta, Mauá foi a que mais reduziu as mortes, que caíram 75% na comparação dos meses de outubro do ano passado e deste ano.

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No ABC foram 179 mortes no trânsito em 10 meses de 2024, e 44% desse total são motociclistas, 28% eram pedestres e 17% estavam dentro de automóveis. No mesmo período do ano passado a região tinha 249 óbitos no trânsito, portanto uma queda de 28,11%. Em outubro foram 20 mortes, número que ficou 35% abaixo dos 27 casos do mesmo mês no ano passado.

Santo André manteve o mesmo número de mortos em outubro deste ano em comparação com o mesmo mês do ano passado; cinco mortes. No ano passado inteiro foram 57 mortos, 46 deles de janeiro a outubro. Na somatória deste ano são 44 casos, queda de 4,54%. No município a maioria dos mortos, 44%, também são motociclistas, seguidos pelos óbitos de pedestres com 32%, 16% estavam em carros e 4% pilotavam bicicletas.

São Bernardo teve 12 casos em outubro de 2023 contra oito fatalidades no mês passado, resultando em queda de 33,33%. Neste ano foram 73 mortos no trânsito, de janeiro a outubro, e no mesmo período do ano passado foram 92 casos, queda de 20,65%. Neste ano 47% dos óbitos nas ruas e avenidas da cidade foram de motociclistas, em seguida vêm os pedestres, com 21%; ocupantes de veículos foram 21% e 4% estavam em bicicletas.

Três pessoas morreram no trânsito de São Caetano este ano, até outubro, e no mesmo período do ano passado foram quatro. Dentre os mortos estão um pedestre, um motociclista e um usuário de bicicleta.

Pedestres

Diadema teve 28 óbitos no trânsito em 2023 até outubro e neste ano foram 26 casos, queda de 7,14%. Comparando os meses de outubro dos dois anos, cinco e dois casos, respectivamente, a queda foi de 60%. Diferente das outras cidades, em Diadema a maioria dos mortos são pedestres, com 46%, seguidos de motociclistas com 39%, ocupantes de carros mortos no ano foram 4% e 8% estavam de bicicleta.

Mauá também reduziu consideravelmente o número de fatalidades nas ruas e avenidas. Em outubro de 2023 foram quatro mortes, contra ocorrida um ano depois, queda de 75%, o maior índice da região. Este ano, até outubro, 18 pessoas perderam a vida no trânsito da cidade, no mesmo período do ano passado foram 19 casos. Os motociclistas foram 39% dos mortos, ocupantes de carros foram 28%, pedestres correspondem a 23% dos óbitos e 6% estavam em bicicletas.

Rio Grande da Serra teve uma morte no ano passado e nenhuma neste ano até outubro.

Alta

Ribeirão Pires chama muito a atenção nos índices do Infosiga com oito mortes registradas na cidade de entre janeiro e outubro do ano passado, e 15 mortes neste ano. A alta foi de 87,5%. Número alto assim não se via na cidade desde 2021. Dos mortos, 34% estavam em carros, 20% dos acidentes fatais em Ribeirão envolveram motociclistas, 20% pedestres, 13% ciclistas. Em sete dos dez meses do ano, o número de mortes em Ribeirão Pires foi maior do que no ano passado.

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