Terminou o prazo para que os candidatos que participaram do primeiro turno das eleições municipais entregassem suas prestações de contas sobre os valores recebidos e gastos durante a campanha. Segundo o levantamento feito junto aos dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os 150 vereadores eleitos na região arrecadaram R$ 11,7 milhões e investiram R$ 10,5 milhões. Levando em conta o valor gasto, cada um dos 499.592 votos ‘valeram’ em média R$ 21,05.
Entre os cinco que mais arrecadaram, as três primeiras posições são preenchidas por eleitos em São Bernardo. Julinho Fuzari (Cidadania) foi o que mais recebeu doações, chegando aos R$ 355,6 mil. Na sequência aparecem Nina Braga (PL) com R$ 331 mil e Pery Cartola (Cidadania) com R$ 316,4 mil. Em quarto está o vereador reeleito em São Caetano Beto Vidoski (PRD) com R$ 283,4 mil e em quinto o legislador reeleito em Diadema Josa (PT) com R$ 242,9 mil.
Em Santo André, a candidata com o maior valor recebido em doações eleitorais foi Dra. Ana Veterinária (PSD) com R$ 221,3 mil. Em Mauá o líder foi o atual presidente da Câmara, Juninho Getúlio (PT) com R$ 127,5 mil. Em Ribeirão Pires foi Amanda Nabeshima (PP) com R$ 123,1 mil e em Rio Grande da Serra foi Clauricio Bento (PSB) com R$ 4,3 mil.
Gastos
Em relação aos que mais investiram, os dois primeiros são os mesmos em relação ao ranking de doações recebidas. Julinho Fuzari investiu R$ 341,5 mil na campanha e Nina Braga investiu R$ 324,4 mil. Ana Veterinária aparece em terceiro com R$ 317 mil. Em quarto está Pery Cartola com R$ 307,9 mil e em quinto Beto Vidoski com R$ 263,4 mil.
Josa foi o candidato eleito que mais investiu na campanha em Diadema, com R$ 232,7 mil. Em Mauá, Juninho Getúlio também lidera este ranking com R$ 126 mil. Amanda Nabeshima lidera em Ribeirão Pires com R$ 98 mil investidos e em Rio Grande da Serra Clauricio Bento também foi o que mais investiu, com R$ R$ 4,2 mil.
Dois candidatos afirmaram que não receberam valores doados e não investiram em suas campanhas, Tio Lê (Avante) e Zé Carlos (Solidariedade), ambos de Rio Grande da Serra. O vereador reeleito em Ribeirão Pires, Paixão (Republicanos), não apresentou gastos de campanha para a Justiça Eleitoral, mas afirmou ter recebido R$ 14,7 mil em doações eleitorais.
Sobras
Dos 150 vereadores eleitos no ABC, 127 relataram sobras de campanha, ou seja, valores que não foram investidos na campanha. A soma é de R$ 1,1 milhão. Segundo o TSE, “as sobras de campanhas eleitorais devem ser transferidas ao órgão partidário, na circunscrição do pleito, conforme a origem dos recursos e a filiação partidária da candidata ou do candidato, até a data prevista para a apresentação das contas à Justiça Eleitoral”, ou seja, o prazo terminou no último dia 5 de novembro.
Sete candidatos terminaram com saldo negativo, ou seja, teve mais gastos do que valores doados: a andreense Dra. Ana Veterinária (PSD); o vereador reeleito em São Caetano, Matheus Gianello (PL); e os vereadores eleitos em São Bernardo Ivan Silva (PRTB), Edmar Aragão (Avante), Watanabe (PRTB), Estevão Camolesi (Cidadania) e Gordo da Adega (Podemos).
“Valor do voto”
A reportagem fez uma conta sobre o valor de despesas de campanha dividido pelo número de votos. Na soma dos 150 vereadores eleitos, cada um dos 499.592 votos “valeram” R$ 21,05. O voto “mais caro” foi para Beto Vidoski com o valor médio de R$ 170,86. O vereador reeleito em São Caetano, Parra (Podemos), teve o segundo maior valor com R$ 92,73. E Amanda Nabeshima ficou em terceira com R$ 85,71.
Os “mais baratos” (sem levar em conta que não registrou gastos de campanha) foram Leandro Ramos (Cidadania/Rio Grande da Serra) com R$ 0,18. Osvaldinho (União Brasil/Santo André) com R$ 0,64) e Agnaldo do Salgado (Avante/Santo André) com R$ 1,07. Bahia do Lava Rápido (PSDB/Santo André), que foi o mais votado da região com 10.288 votos teve um valor médio de R$ 1,65.