A primeira reunião de transição de governo entre o prefeito Orlando Morando (PSDB) e o futuro chefe do Executivo, Marcelo Lima (Podemos), ocorreu nesta quarta-feira (6/11), no Paco de São Bernardo, onde foram apresentados os integrantes das equipes que vão cuidar do processo. Marcelo falou sobre desafios na área da saúde, como a necessidade de aumentar a arrecadação para fazer frente ao crescimento do custeio de novos equipamentos, de ampliar parcerias como os governos do Estado e federal e da criação do cartão SBCSaúde para priorizar a população da cidade nos atendimentos.
O prefeito eleito disse que outra de suas prioridades após assumir o mandato será a criação do cartão SaúdeSBC, medida que considera essencial para garantir que moradores de São Bernardo tenham atendimento preferencial nas unidades de saúde. “A gente precisa ter um controle, porque muitas pessoas de outras cidades procuram unidades de São Bernardo, como de Diadema. Não vou dizer que isso (buscar atendimento no município) não é correto, porque o SUS é universal, mas precisamos ter um controle, e o cartão vai nos ajudar a ter esse controle dentro das unidades, para dar prioridade a quem vive em São Bernardo, e esse é nosso maior desafio”, pontuou.
Marcelo Lima diz que recebe como herança a oportunidade de continuar a transformar a vida da população de São Bernardo, conforme programa de governo. Os projetos que foram criados na gestão atual, e foram bons, diz, vão continuar e ser ampliados. “E nesse mesmo compasso vamos ter também aumento do custeio, e um grande desafio é fazer com que aumente a arrecadação e, a partir desse momento, buscar convênios com Estado e governo federal para que São Bernardo seja reconhecida, principalmente, no orçamento da União”, afirma.
Sobre o processo de transição iniciado oficialmente nesta quarta-feira, o futuro prefeito argumentou que se trata de uma iniciativa natural, até para que a equipe que assumir a gestão junto possa ter informações que garantam o funcionamento da máquina pública. “E não tem nada a ser escondido de ninguém, apenas algo que é importante que a gente faça de maneira formal, até porque do dia 31 (de dezembro) sai o CPF do Orlando e entra o nosso. Então precisamos entender o que está em andamento e o que não está. A transição tem um objetivo ímpar, que é assegurar que nenhum trabalho, projeto ou atividade pública seja interrompido e afete o dia a dia do morador de São Bernardo”, comentou.
“Nós vamos colaborar no que for possível”, acrescentou o prefeito Orlando Morando. “Nosso compromisso é com uma transição objetiva, transparente e que seja pelo bem de São Bernardo”, completou.
Ainda com relação à área da saúde, Marcelo Lima disse que São Bernardo tem equipamentos “fantásticos, que fazem inveja a outras cidades do Estado e do Brasil”, e elencou os hospitais da Mulher, o Anchieta, o de Urgência e o de Clínicas, “que uma grande parte não funcionava e hoje está 100% em operação”. Citou também o Hospital de Olhos, que deve ser entregue ainda neste ano, e dois que pretende construir: o Infantil e o do Idoso, “que estava no programa da Flávia (Morando, ex-candidata a prefeita, que o apoiou no segundo turno), e que la pediu para que a gente incorporasse.”
Equipe de transição
A equipe de transição será composta por oito integrantes: cinco indicados pelo prefeito eleito e três pelo atual chefe do Executivo. Marcelo Lima indicou Paulo Guidetti, Fábio Prado, Eloá Flores, Geslei Bonicio Crociari e Luiz Gustavo Cordeiro Gomes. Já Orlando Morando colocou Márcia Gatti, Frederico Sossai Pereira e Adler Kiko Teixeira, também ‘escalado’ pelo prefeito eleito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB) para coordenar sua equipe.
Os nomes da equipe serão oficializados na edição do Diário Oficial de São Bernardo desta sexta-feira (8/11), e a transição começa oficialmente no dia 18 de novembro.