Nove famílias residentes de terreno na comunidade Capelinha, na região do Riacho Grande, em São Bernardo, tiveram que deixar suas casas por ordem judicial. A prefeitura esteve no local nesta quarta-feira (06/11) e retirou as últimas pessoas que ainda estavam no local. Os moradores reclamam que da notificação até esta quarta-feira foi menos de uma semana para que conseguissem um lugar para ficar, mesmo assim os argumentos não convenceram os técnicos da prefeitura, houve discussão que foi parar até na delegacia.
“A Habitação esteve no local na quarta-feira passada e deixou um papel, escrito à mão para os moradores e disseram que eles tinham até hoje para deixar o local, prazo que não é suficiente. O ideal seria dar ao menos 30 dias para eles alugarem outra casa, mas não chegaram colocando todos para for, teve um morador que não gostou, começaram a discutir e soube que foram parar no 4° Distrito Policial”, explica o vice-presidente da CUFA (Central Única das Favelas) de São Bernardo, Gilcimar Almeida.
Segundo o representante da CUFA, a população não se nega a sair, mas queriam um prazo maior. “Deram só uma semana que não é tempo suficiente. Além disso as pessoas aqui compraram esses terrenos e tinha uma negociação com a prefeitura para melhorias no bairro. Agora chegaram aqui tiraram todos e levaram até o relógio de luz de uma casa, uma ligação regular que servia também outras casas fora da área a ser desocupada”, disse Almeida.
Segundo a prefeitura de São Bernardo a área integra o projeto de urbanização integrada dos assentamentos precários Capelinha e Cocaia, cujas obras preveem implantação de infraestrutura completa em toda área, além da produção de novas unidades para o reassentamento das famílias.
“A Prefeitura de São Bernardo informa, por meio da Secretaria de Habitação, que se trata de ação de remoção de nove ocupações irregulares localizadas em área pública no bairro Capelinha em atendimento à decisão judicial. As famílias foram devidamente notificadas e orientadas a deixar o local em prazo predeterminado mediante concessão de auxílio moradia até o atendimento habitacional definitivo”, informou a prefeitura, em nota. A prefeitura não informou se houve alguma agressão verbal ou física a servidor e nem se alguém foi detido.