Eleita no dia 6 de outubro para o primeiro mandato de vereadora em Diadema, com 2.829 votos, Fernanda Durães (MDB) avalia que a saúde “tem deixado a desejar” na cidade e será um dos maiores desafios do futuro prefeito, Taka Yamauchi. Taka é do mesmo partido e venceu a disputa em segundo turno com José de Filippi Júnior (PT), que buscava a reeleição. Com trabalho intenso na área, que a levou a criar o Instituto Durães após a morte da mãe por negligência médica em 2019, segundo aponta, Fernanda adianta que uma das metas será defender a criação de uma Secretaria para Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, além de um centro para atendimento a portadores de Transtorno do Espectro Autista (TEA), proposta que consta do plano de governo do emedebista.
Ao RDtv, a futura vereadora, que se candidatou em 2020 e recebeu 1.077 votos, que lhe garantiu ser a segunda mulher mais votada naquele pleito. “Na época me fizeram uma proposta para que eu fosse candidata, mas percebi que, infelizmente, o que eles queriam mesmo era que eu completasse chapa, apenas por causa da cota. Mas ainda assim, mesmo sem recurso e com todas as dificuldades, fui para as urnas e fiquei como a segunda mulher mais votada”, critica.
Passada aquela eleição, Fernanda se dedicou à criação do Instituto Durães, instituição que realiza trabalho voltado a auxiliar famílias que enfrentam dificuldades para conseguir atendimento na rede de saúde pública. A inspiração e a determinação vieram do drama vivido no dia a dia com a mãe em busca de respostas e tratamento para dores que ela sentia em um dos ombros e com a qual conviveu durante cinco anos sem que se descobrisse a causa, apesar de percorrer várias unidades de saúde de Diadema, inclusive o Hospital Municipal.
“Em 2019 vim a perder a minha mãe, que faleceu nos meus braços, vítima de negligência médica. Todos os médicos que a examinavam diziam que o que ela tinha era psicológico, quando na verdade não era. Ela teve um aneurisma torácico, e se tivesse tido um olhar correto por parte dos médicos, dos nossos atendimentos aqui em Diadema, principalmente, a que recorri por diversas vezes, talvez conseguisse ter acompanhado, ter feito um tratamento”, afirma.
Assim, logo após a eleição de 2020 decidiu criar o instituto para dar sequência ao legado da mãe, que também realizava ações sociais, sobretudo na saúde, e que a acompanhava desde os 14 anos, quando percebeu a importância das políticas públicas na vida dos moradores quando cumprem seus objetivos.
“Passou a eleição, não fui eleita e assim, com muitas dificuldades, sem nenhuma ajuda, montei o Instituto Durães e comecei a buscar parcerias para poder ajudar famílias. Foi uma maneira de eu ressignificar a minha vida, de continuar o legado da minha mãe. Através do instituto consegui parcerias, para que pudesse atender mais a questão da saúde em Diadema, em especialidades médicas e algumas cirurgias, o que me proporcionou atender um pouco mais essas famílias. E acredito que isso foi uma das coisas que me levou a essa vitória”, comenta.
Questionada se já teve algum encontro com o futuro prefeito, Fernanda Durães disse que a agenda de Taka Yamauchi ainda não permitiu, mas que em breve deverá ter esse encontro e pretende já adiantar algumas propostas que pretende defender no mandato, que assume no dia 1º de janeiro.
“Já tenho alguns projetos para a saúde que pretendo apresentar o quanto antes, porque Diadema tem pressa e a população clama por mais saúde. Olha, uma das questões, que é um sonho que tenho, é uma Secretaria para Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida e um Centro TEA. Mas tenho alguns projetos para apresentar, como parceria com a rede privada, mas estou estruturando direitinho para apresentar”, afirma Fernanda Durães.