Prefeito eleito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos) terá pela frente mais dois meses até a posse, no dia 1º de janeiro, para garantir o ingresso de mais vereadores na base aliada e iniciar o mandato com governabilidade mais confortável. A situação ao fim do primeiro turno da eleição, dia 6 de outubro, não se mostrava tão favorável porque a coligação tinha eleito 12 parlamentares – 28 que formam o Legislativo –, número que saltou ao longo da segunda etapa da disputa e elevou a base governista para 17 cadeiras.
Mas o futuro chefe do Executivo acredita que a bancada receberá mais adesões durante o processo de transição, a partir do diálogo com parlamentares eleitos para debater o futuro de São Bernardo, inclusive pelo respeito que terá no trato com o Legislativo e pelo fato de ter sido vereador por dois mandatos.
“Nós vamos ter a adesão de uma bancada, com certeza, com uma boa discussão em torno daquilo que é bom para o coletivo, para a população. Eu não acredito que um vereador eleito pela população não queira entregar o que aquela população depositou a ele, que é o crédito pelo voto da confiança. Eu vou ser um prefeito que dialoga com todos. Até entendendo e respeitando o Poder Legislativo, a importância dele, reconhecendo isso e tendo a convicção que eles foram eleitos pela população”, afirma Marcelo Lima.
O futuro eleito de São Bernardo diz que Câmara vai ter todo o seu respeito, seu diálogo, em tudo que for melhor para a cidade. “E em tudo aquilo que o Poder Executivo possa realmente contribuir com o mandato de cada vereador, independentemente de partido político, ideologia partidária, nós vamos estar contribuindo”, garantiu nesta quarta-feira (30/10), em almoço com a imprensa em restaurante de São Bernardo, que reuniu os sete prefeitos eleitos.
Questionado sobre montagem do secretariado, Marcelo Lima disse que já tem alguns nomes em mente, mas fez mistério e disse que só pretende anunciar após concluir o processo de transição, que ainda será discutido com o prefeito Orlando Morando (PSDB).
“Primeiro quero oficializar a transição. Primeira coisa é que preciso conversar com ele sobre como podemos fazer? Quero ouvir o que ele pensa, eu não falei com ele sobre isso ainda. Quero saber como ele pensa em fazer, tenho uma sugestão, e quero ouvir a dele. E aí a gente pode começar a andar. Aí andamos com a transição e, após a transição, aí sim será o momento correto de falar em nomes”, comenta.
Secretariado com técnicos e políticos
Ainda sobre o futuro secretariado, Marcelo Lima apontou que pretende mesclar um time de técnicos e políticos para ocupar o primeiro escalão do governo, integração que considera importante para atender às necessidades da gestão e os anseios da população no que diz respeito à implementação de políticas públicas e ações para melhorar a qualidade de vida na cidade.
“Vamos ter um governo que tem de entender que a técnica é muito importante e fundamental para a gestão, mas que a política também tem de dar o tom, porque a política é aquela que agrega as demandas da população. No meu caso, sou político, eleito prefeito de São Bernardo, andei toda essa cidade, como andei há anos, conheço os problemas da população porque converso com ela. Então, juntando essa parte do diálogo com a população com a técnica é o resultado que nós vamos entregar para São Bernardo a partir do dia 1º de janeiro”, conclui.