O som alto e barulho excessivo no entorno do Supra Bar (rua Java, 299, no Jardim do Mar – São Bernardo) continua sem solução. Apesar das constantes reclamações, o local permanece como ponto de grandes festas nos finais de semana e os residentes enfrentam os “pancadões” que ocorrem nas proximidades da casa.
Segundo moradores da região, o barulho ensurdecedor de “funks com letras depreciativas” se estende até altas horas da madrugada, o que compromete o descanso de quem vive por perto, especialmente idosos e crianças.
Além do barulho, a situação tem causado aumento no trânsito, o que dificulta a circulação de veículos. “E o pior, os shows e eventos que acontecem por ali resultam em um acúmulo de lixo gigante, o que gera mau cheio e uma sensação tenebrosa de insegurança”, comenta uma moradora da região que prefere não ser identificada.
Na tentativa de solucionar a questão, os moradores locais acionaram o aplicativo “Noite Tranquila”, da Prefeitura de São Bernardo, com queixas à Guarda Civil Municipal (GCM) e à Polícia Militar. As reclamações culminaram em uma operação da GCM na última sexta-feira (25/10), considerado o dia mais intenso de pancadão, que resultou na ordem de fechamento do Supra Bar nos dias 25 e 26 de outubro.
De acordo com a Prefeitura, a fiscalização continuará na região para garantir o cumprimento da ordem. De acordo com a Lei, se a perturbação ocorrer novamente, o estabelecimento pode ser fechado por um período de 72 horas e, persistindo ainda a perturbação, poderá ser lacrado.
As denúncias podem ser feitas pelos moradores através do telefone 153, pelo aplicativo SBC na Palma da Mão, ou pelo canal 190 da PM.
Ponto de encontro
Inicialmente, o bar atraía apenas alunos da Faculdade de Direito vizinha, mas logo se tornou um ponto de encontro para pessoas de diversas regiões, que chegam com carros de som potentes, formam os famosos “pancadões”, com barulhos excessivos nas ruas e grupos reunidos sob consumo de álcool e drogas.
Quem vive na região comenta que, além do problema com o barulho, a região se tornou chamariz para situações de desordem como abusos, furtos e descarte irregular de lixo.
Supra Bar
Contatado, Nei Ragonha, proprietário do Supra Bar, negou as acusações de que pancadões ocorrem no entorno do estabelecimento. Segundo ele, o local não organiza eventos desse tipo e, quando acontece algum evento, o som utilizado dentro do bar é controlado e não se propaga para o ambiente externo. “Em algumas ocasiões, pessoas estacionam veículos com o som em volume elevado, e a equipe do bar prontamente tenta resolver a situação, pedindo que o volume seja reduzido”, afirma.
Sobre o uso de drogas nas proximidades, o responsável pelo Supra Bar afirmou não ter conhecimento de tais ocorrências. Ragonha ainda ressalta que existe preocupação com a limpeza da região e, desse modo, o serviço de varrição acontece quase diariamente na rua do Supra, a fim de garantir que o ambiente permaneça organizado e limpo para todos.