O preço da gasolina no Brasil permanece mais elevado que o praticado no mercado internacional, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O litro do combustível está, em média, R$ 0,11 mais caro no mercado doméstico, 4% superior ao praticado no exterior, conforme relatório publicado nesta quinta-feira.
“Os preços médios do Gasolina A operam acima ou na paridade em todos os polos analisados”, frisou a Abicom. “O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos.”
O Preço de Paridade de Importação (PPI) acumula uma redução de R$ 0,51 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras, calculou a entidade.
Já o preço do diesel está, em média, 4% mais caro internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros. O resultado significa uma defasagem de R$ 0,13 por litro do diesel.
Segundo a Abicom, os preços médios do óleo diesel A operam acima ou na paridade em todos os polos analisados. O Preço de Paridade de Importação acumula uma redução de R$ 0,39 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras, apontou a entidade.
Nos cinco polos da Petrobras, a gasolina estava, em média, 4% acima do preço internacional, R$ 0,10 a mais por litro, assim como o diesel A, 4% acima da paridade, o equivalente a R$ 0,14 a mais por litro.
Já o polo Aratu, na Bahia, operado pela Acelen, vendia o diesel 1% mais caro que o preço do Golfo. A gasolina era comercializada com preço 4% superior ao patamar internacional.
O Preço de Paridade de Importação (PPI) foi calculado pela Abicom usando como referência os valores do fechamento do mercado nesta última quarta-feira (25).
“Com a estabilidade no câmbio e a ligeira redução nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, concluiu a Abicom.