
A primavera é uma das estações mais agradáveis e bonitas do ano, mas também é um período de muitas variações climáticas e de polinização das plantas, causando desconforto para quem sofre com rinite alérgica. Segundo a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), cerca de 30% da população no Brasil tem rinite alérgica.
A patologia é crônica, não contagiosa e consiste em um processo inflamatório ou infeccioso que ocorre quando o sistema imunológico responde exageradamente a certas substâncias e atinge a mucosa que reveste o nariz.
Geralmente, a rinite alérgica é hereditária, mas o ambiente também contribui para que ela seja desencadeada. A irritação da mucosa nasal ocorre em razão dos alérgenos, pólens, ácaros, pelos de animais, fungos, mofo, descamação de pele, perfumes, alimentos, medicamentos, bactérias, vírus, mudanças de temperatura e clima seco, dentre outros.
Entre os sintomas mais comuns estão os espirros sequenciais, coriza, nariz entupido, respiração bucal, tosse e coceira no nariz, na garganta e nos olhos. Muitas vezes, a rinite alérgica pode ser confundida com gripe e estar associada a outras patologias como à asma, às otites médias, à sinusite e aos roncos.
O maior desconforto é o nariz entupido, que atrapalha a respiração e leva ao uso de medicações inadequadas e, às vezes, até perigosas. Além disso, a obstrução nasal pode causar alterações no crescimento facial, postura da língua, oclusão, deglutição, sinusite e dificuldades para respirar nas crianças. Por essa razão, é preciso redobrar a atenção e buscar tratamento quanto antes.
Para o diagnóstico é importante uma averiguação da história do paciente, avaliação clínica das vias aéreas e exames de imagem, além da exclusão de outras doenças. Em seguida, vem a identificação das substâncias que provocam a alergia.
A rinite alérgica ainda não tem cura e parte do tratamento é comportamental. No entanto, é possível controlá-la com bons hábitos. Por isso, é importante redobrar os cuidados com a higiene do ambiente; evitar itens que acumulem poeira; manter o ambiente arejado; usar máscaras durante a limpeza; evitar produtos com cheiros fortes; manter as roupas de cama limpas e o pelo do animal de estimação aparado e limpo, além de fazer uso correto da medicação prescrita e manter as vacinas em dia.