A candidata a prefeita de Santo André, Clenilza Panato (PCO), participou da sabatina promovida pelo Repórter Diário nesta sexta-feira (20/09). A prefeiturável defendeu um governo com uma maior participação popular, criando conselhos por bairro para definir o destino dos investimentos e as prioridades do governo. Além disso, defendeu o não pagamento da dívida pública.
“Acontece que pagar uma dívida que a gente está pagando, que a gente vem pagando durante anos, anos e anos, e essa dívida nunca acaba, nunca acaba. Nós só conseguimos pagar os juros dessa dívida. É impossível, é inviável. Enquanto esse dinheiro vai para os banqueiros, nós temos todo o povo de Santo André, todo o povo brasileiro, caindo aos pedaços as escolas, os hospitais, os serviços públicos. Então, nós estamos contra o pagamento da dívida e a solução para nós é o calote da dívida. Essa é a solução para nós, para o benefício do povo e pensando no destino desse valor mais à frente, para investimentos”, explica.
Clenilza também defende o fim das privatizações e a estatização de todos os serviços, principalmente os essenciais. Um dos exemplos citados é o saneamento básico. Para a candidata tal iniciativa deveria ficar nas mãos do Semasa (Serviço Municipal Ambiental de Santo André).
“Nós não admitimos nenhum tipo de privatização dos serviços públicos. Inclusive, queremos reestatizar o Semasa, tem nos causado problemas de falta de água por toda a cidade. Nenhum candidato falou em como resolver os problemas. Eles têm números, números, números, mas em como resolver os problemas eles não falam. Eles só ficam falando de inúmeros. Mas a cidade está encharcada de problemas E não existe solução. Queria dizer, inclusive, para os nossos ouvintes e nossos assistentes aí, que eles já tiveram oportunidade, eles já estiveram governando nossa cidade. No entanto, de nada resolveu, de absolutamente nada”, criticou a postulante ao Paço.
A candidata do PCO também defendeu a valorização dos servidores públicos e considera que é possível seguir estudos do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que aponta que o salário dos servidores públicos deveria ser de pelo menos R$ 7 mil.
Além disso, defende o fim da GCM (Guarda Civil Municipal) e a criação de uma “milícia popular”, que seriam grupo de moradores que fariam a segurança bairro a bairro. A medida, no olhar da candidata, pode ser mais efetiva do que a militarização.
“A gente fala milícia no sentido de organização popular. Seriam as milícias também por bairros como foi usado, como é usado em Cuba e na Venezuela. Quando a gente cria mais empregos e salários as pessoas perdem o sentido de roubo, o sentido de violência. Quando a gente cria uma sociedade mais justa, mais igualitária, não existe necessidade de roubo, de violência. E o próprio cidadão pode fazer a sua fiscalização”, explica.