A moradora de São Bernardo Maria Vandernilda Sales Fauquet, de 54 anos, está há meses com um problema relativamente simples de saúde, que são cálculos renais, porém a demora para a retirada e um tubo chamado “duplo J” nos rins da paciente trouxe complicações, uma infecção e uma calcificação do tubo. O resultado são dores intensas que estão sendo tratadas, em casa, com morfina e tramadol, medicamentos extremamente fortes para dores. O convênio médico Santa Helena, indagado sobre a situação disse que a paciente é acompanhada e que na quarta-feira (18/09) passará por consulta com especialista.
Maria ficou 12 dias internada com dores no hospital da Santa Helena em São Bernardo e recebeu alta mesmo com dores. Tudo isso por conta da calcificação entre o tubo duplo J e os rins da paciente. O marido Marcelo Aparecido Costa Palla Fauquet explica que esse tubo foi colocado na sua esposa em outubro do ano passado e não poderia ficar lá por mais de três meses. A função do tubo seria expelir as pedras do rim. “Ele (o médico) me falou que já estava afetando o rim dela, que estava com infecção e mesmo assim ele não quis internar mandou ir para casa. Ele disse que se ela piorasse que era para levar no hospital de Santo André, nem esperei fui direto para lá, mas não internaram”, explica.
Em casa, segundo a família, as dores só pioram e o receio é que infecção e a calcificação deste tubo ao rins possa causar outros problemas mais sérios à saúde da paciente.
Em nota, a operadora de saúde Santa Helena, informou que o cateter não foi retirado em razão de outros problemas de saúde da paciente e que um nova avaliação já está marcada. “O Hospital Santa Helena de São Bernardo informa que vem acompanhando a situação da paciente citada pela reportagem desde o início do procedimento de tratamento de cálculo em sistema urinário com colocação de cateter duplo J. Porém, o estado de saúde da paciente com diabetes descompensado impossibilitou a retirada deste cateter. A data agendada para a nova avaliação do seu estado de saúde está marcada para o próximo dia 18/09, quando o especialista examinará e verificará a possibilidade de seguir com o procedimento”.
A família informa que já sabe deste agendamento e espera que a solução para o problema da paciente seja resolvido logo. O esposo de Maria diz que tudo é muito demorado. “Ela tem uma carta do médico do dia 1° pedindo urgência nesta avaliação e a gente fica sendo jogado de um médico para outro e ninguém resolve”, lamenta.