Diante do momento crítico de poluição e mudanças climáticas, que tem levado ao aumento de doenças respiratórias, pacientes enfrentam longas esperas e atendimento precário na UPA Santa Luzia, localizada na estrada da Colônia, 2.959 – Santa Luzia, em Ribeirão Pires, devido à superlotação da unidade. A situação preocupa os munícipes, que relatam a falta de vagas e médicos para atender a crescente demanda.
Nesta quarta-feira (11/9), um morador da cidade que prefere não se identificar expressou sua frustração: “Para que serve um hospital sem equipamentos, sem médicos, sem aparelhos para exames e sem funcionários? Não conseguem atender os pacientes”, reclama.
Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Ribeirão Pires, por meio da Secretaria de Saúde, esclarece que a UPA Santa Luzia atende todos os pacientes de acordo com o Protocolo de Manchester e que não há registros de espera além do tempo estabelecido ou de pacientes que ficaram sem atendimento.
“A unidade conta atualmente com cinco clínicos gerais, três pediatras e um médico de apoio por plantão, além de três equipes de triagem e uma equipe de enfermagem completa”, informa a nota enviada pela administração.
O Protocolo de Manchester é um método de triagem que determina escalas de urgência. Ou seja, os pacientes que necessitam de atendimento médico são classificados de acordo com a gravidade do quadro clínico e o tempo de espera recomendado.
30% dos pacientes não são munícipes de Ribeirão Pires
Os moradores de Ribeirão Pires afirmam que a UPA tem recebido muitos pacientes de municípios vizinhos, o que intensifica o fluxo e dificulta o atendimento mais rápido. Sobre o assunto, a Prefeitura informa que a UPA é referência para pacientes de cidades como Suzano e Mauá e que, por ser vinculada ao SUS, não pode negar atendimento, pois esse é um direito de todos. “O serviço público de urgência e emergência é destinado a todos”.
Ainda segundo a Prefeitura, aproximadamente 30% dos atendimentos são destinados a pacientes de outros municípios. Como parte do Sistema Único de Saúde (SUS), a UPA segue a política de atendimento de portas abertas, sem distinção entre cidades.