ABC - sábado , 12 de outubro de 2024

Pneumologista dá dicas para lidar com tempo seco e baixa umidade

Segundo a Cetesb (Companhia Estadual de Meio Ambiente de São Paulo), nesta segunda-feira (09/09), o Estado registrou o nível mais baixo na qualidade do ar do planeta. Além da poluição das grandes cidades, as queimadas favoreceram que névoas surgissem na região metropolitana, assim como no ABC, e prejudicasse a vida dos moradores que buscam alternativas para lidar com ar seco e baixa umidade devido ao calor.

(Foto: Reprodução/RDtv)

Pneumologista e professor titular de Pneumologia do Centro Universitário Saúde ABC/FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Elie Fiss sugere opções para evitar casos pulmonares graves, principalmente para quem está na faixa de risco. “Estamos diante de uma situação terrível em relação aos poluentes. Antes, a recomendação para evitar a poluição era evitar áreas centrais com carros, mas por conta das queimadas, isso já não vale tanto”, recomenda.

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Entre os indivíduos mais vulneráveis estão idosos acima dos 60 anos e crianças, além de portadores de doenças pulmonares e cardíacas. Fiss explica que com a poluição aumenta-se o nível de partículas que causam infecções no pulmão, comprometendo também outros órgãos. Além disso, pessoas com asma, bronquite ou enfisema pulmonar são mais preocupantes, alcançando em casos mais graves a internação emergencial.

Recomendações

Diante deste cenário, o pneumologista comenta algumas dicas para não se expor a poluição de modo que prejudique a saúde. Para todos os públicos, principalmente os mais vulneráveis, recomenda a hidratação dentro e fora do corpo. “Além da ingestão de ao menos dois litros por dia de qualquer líquido, é importante que as pessoas utilizem de soro fisiológico para hidratar regiões do corpo mais expostas, como os olhos e as narinas, além de hidratar o corpo com algum hidratante”. O uso de máscara também é recomendado, principalmente ao trafegar por áreas de poluição elevada como centros urbanos.

Em casa, o especialista têm algumas recomendações para combater a baixa umidade, como deixar uma toalha molhada no ambiente fechado (com a evaporação da água a umidade aumenta), um umidificador ou uma bacia de água, apesar de está última ser a opção menos recomendado devido à dengue. Caso identifique que a poluição esteja acompanhada de fuligem (proveniente das queimadas), o ideal é deixar a casa totalmente fechada para evitar que este ar entre na residência. Além disso, Fiss reforça a importância para quem pratica atividade física evitar sair em horários de pico de calor e manter a hidratação constante.

“A tosse é um sintoma importante que está presente em boa parte das doenças relacionadas ao ar, que identifica não só problemas relacionados ao pulmão mas até de outras doenças. Quando ligada ao sistema respiratório, a tosse expulsa a partícula poluente, porém, quando constante como é caso do ar seco e poluído que temos hoje, acaba por inflamar o brônquio e gerar problemas mais graves”, explica o docente. Caso a tosse seja constante (uma a duas semanas), e o indivíduo sinta falta de ar, Fiss recomenda imediatamente a busca ao posto de saúde mais próximo, evitando a automedicação e mantendo a hidratação.

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