ABC - quarta-feira , 18 de setembro de 2024

Idosa espera há meses por exame de catarata e Diadema culpa Estado

Terezinha mostra o pedido médico para o exame feito em maio, mas até agora não há nenhuma informação de agendamento. (Foto: Rede Social)

Há quase dois anos que a dona Terezinha Ferreira Gonçalves Apolo, de 69 anos, tem diagnóstico de catarata e espera por cirurgia. Ela é moradora de Diadema e tem feito os procedimentos oftalmológicos na saúde do município, mas reclama que eles não avançam. A última consulta com especialista aconteceu em maio, quando foi pedido um exame a laser para saber se ela também tem glaucoma, ocorre que ela não tem informações de quando será feito o exame mesmo o pedido tendo mais de três meses.

Em casa a paciente conta que tem dificuldades com as tarefas mais simples, pois praticamente não consegue enxergar do olho esquerdo. “Eu já não posso sair de casa sozinha mais, tem que ter alguém para me acompanhar, não consigo ler as coisas, tem que tampar um olho para conseguir ver. Não vejo nem o itinerário do ônibus”, conta. Ela e o marido, Adonias Ramos, vão com regularidade a Quarteirão da Saúde, para saber se há informações sobre o exame. “A gente vai lá e dizem só que agora é com o estado e não nos dão nenhuma informação além disso. Minha esposa está piorando da visão ela precisa dessa cirurgia”, diz o marido.

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O exame que ela precisa fazer é a Iridotomia com YAG Laser, um procedimento que o município não tem como fazer. A prefeitura informa que é um exame mais complexo e seu agendamento é feito pelo Estado. “Em relação ao procedimento da paciente citada, a mesma passou em consulta com especialista no Centro de Especialidades Quarteirão da Saúde Engenheiro Osvaldo Misso, em 28 de maio deste ano, e aguarda procedimento de alta complexidade, cujo agendamento é feito pela Secretaria do Estado da Saúde (SES). Após esse procedimento, será avaliada se a paciente poderá ser operada ou não. O maior público do ambulatório de catarata são idosos, ou seja, a prioridade é a ordem da fila. É preciso ressaltar que cada caso é diferente do outro e precisa de avaliação individual: há pacientes com indicação de cirurgia, porém sem estabilização de doenças crônicas pré-existentes não há condições clínicas para fazer a cirurgia, e há casos de catarata com doenças oftalmológicas que devem ser controladas antes do procedimento”, informou a prefeitura, em nota.

A Secretaria Estadual de Saúde foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta. A matéria será atualizada assim que a pasta encaminhar um posicionamento.

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