A candidata a prefeita em Mauá, Amanda Bispo (UP), participou da sabatina promovida pelo Repórter Diário nesta sexta-feira (30/08). A prefeiturável defendeu que a próxima gestão tenha um modelo socialista e antifascista. Afirmou que, caso seja eleita, acabará com as terceirizações no Poder Público e ainda relatou que não pagará a dívida pública para usar o valor em prol da população.
Segundo a postulante, a cidade atualmente conta com R$ 560 milhões em dívidas. A atual gestão chegou a renegociar, mas Amanda criticou o ex-prefeito Atila Jacomussi (União Brasil) por não ter feito qualquer tipo de negociação. Quando questionada sobre o melhor modelo para resolver essa questão da dívida pública e assim investir na cidade, a candidata foi taxativa.
“Não pagar a dívida. Essa é a nossa proposta. Enquanto tiver as pessoas vivendo essa situação que eu falei, então, enquanto tiver uma pessoa passando fome, uma pessoa morando na rua, uma pessoa que ou paga o aluguel ou é despejada, enquanto tiver essa situação, nossa prioridade vai ser usar o dinheiro da cidade para resolver os problemas concretos que vive o trabalhador”, explicou.
Outro ponto sobre o tema é a criação de Conselhos Populares que possam definir o destino do valor arrecadado. “A Unidade Popular (UP) defende uma coisa que a gente chama de poder popular. O que é poder popular? Para nós, é muito pouco essa democracia que a gente vive. Por quê? Eu voto em alguém que vai se eleger e vai decidir por mim como o dinheiro vai ser utilizado, como serão as leis. Para nós, isso não é suficiente. A gente quer decidir, o povo trabalhador quer poder decidir sobre como o orçamento da cidade vai ser utilizado, qual é a prioridade desse uso. Quais são os principais problemas? Como devem ser as leis? Só que a gente não pode opinar. Ai, Mauá tem um problema central, corrupção. É verdade. Agora, como a gente resolve esse problema? Com o povo participando”.
Amanda Bispo também salientou que quer acabar com as terceirizações dentro da gestão pública, entre elas, o contrato com a Fundação do ABC para a gestão da Saúde. A ideia é que todos os servidores necessários para o funcionamento da rede municipal sejam contratados diretamente pela Prefeitura. A postulante considera que tal medida pode ajudar, inclusive, em investimentos para novos equipamentos.
Candidata a prefeita pela segunda vez, Amanda deixa claro suas críticas a Atila e ao que vê como movimento fascista. Sua intenção é que a gestão em Mauá possa se posicionar de maneira antifascista e assim conseguir realizar investimentos em ações que são importantes para a população como habitação, a partir de ações para transformar terrenos e prédios abandonados em moradias populares a partir de uma remodelação destes locais.