O Estado de São Paulo registrou 315 casos da Mpox entre janeiro e julho de 2024. O número é maior do que o observado no mesmo período de 2023, quando foram confirmados 88 casos, mas está distante das 4 mil infecções de 2022, quando houve surto da doença. Segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), o ABC registrou apenas uma ocorrência positiva entre o início de junho e a metade de agosto em 2023. Apesar do aumento, os casos estão abaixo dos 131 confirmados no mesmo período em 2022, quando a doença atingiu pico no Estado.
A docente Renata Bruggier de Mattos, que leciona Biomedicina na FSA (Fundação Santo André), comenta que é preciso atenção especial nas formas de contágio que se dá através de contato íntimo com pessoas infectadas principalmente através de relação sexual e secreções como a saliva. Os sintomas principais são erupções cutâneas como bolhas ou feridas, acompanhada de febre, dores de cabeça, fraqueza e dores musculares, além de apatia.
Não haverá vacinação em massa para a doença e a principal forma de prevenção é a higiene tanto do acometido quanto das pessoas próximas, lavagem de mãos e dos objetos pessoais com maior frequência. O tratamento dos sintomas é feito com analgésicos não esteroides e acompanhamento clínico.
Profissional capacitado
A professora reforça que o biomédico pode colaborar na contenção da doença através dos dados epidemiológicos, disseminando orientações confiáveis para a comunidade. Do ponto de vista profissional, o biomédico analista clínico, pesquisador, imunologista, farmacologista ou biologista molecular (entre outras habilitações) podem atuar diretamente no diagnóstico, tratamento (farmacológico ou não), evolução da doença, pesquisa e desenvolvimento de vacinas e novos medicamentos e rastreabilidade genética de novas e desconhecidas cepas do vírus Mpox.
O curso de Bacharelado em Biomedicina da FSA iniciou suas atividades em 2024 e já no primeiro semestre obteve grande demanda por novos estudantes. O objetivo do curso é formar profissionais capacitados especialmente para análises clínicas. De acordo com o CFBM (Conselho Federal de Biomedicina), as áreas de atuação do biomédico incluem ainda prevenção, diagnóstico, tratamento e evolução de todas as doenças que podem acometer o corpo humano. Além disso, as searas de agricultura, biotecnologia de alimentos, estética e bioinformática entre outros, necessitam destes profissionais.