No último dia 2, Ribeirão Pires deu início à 15ª edição do Festival do Chocolate, um evento cultural tradicional na cidade que reúne opções gastronômicas, de lazer e cultura. Apesar da grandiosidade da festa, nas redes sociais há quem reclame da desorganização, princípios de confusão e preços elevados nas barracas.
Isso ocorre porque, especialmente este ano, a prefeitura de Ribeirão Pires desenhou novo layout para festa que reúne em um mesmo espaço do Complexo Ayrton Senna: o palco dos shows principais e os chalés gastronômicos, assim, quem precisa acessar os serviços de alimentação, enfrenta dificuldades para se locomover, chegar ao caixa ou retirar produtos.
Para se ter uma ideia, no último domingo (04/08), quando ocorreu o show do rapper Hungria, cerca de 10 mil pessoas estiveram presentes no Complexo Ayrton Senna. Para a moradora Emily Hudson, houve total confusão entre aqueles que precisavam acessar as barracas de alimentação, os que estavam circulando pela festa e os que queriam apenas assistir ao show. “Eu amo o Festival do Chocolate, ano passado foi ótimo, com tudo organizado e as barracas separadas do show. Mas este ano misturaram tudo e ficou uma bagunça. Quem queria apenas comer teve dificuldade devido à superlotação”, reclama.
Entrada para a festa também foi motivo de reclamação
A quantidade de pessoas no Complexo também causou confusão na parte externa do espaço. De acordo com o morador Pablo Santos, houve um princípio de tumulto na entrada do festival porque a equipe de revista disposta pela administração pública não estava conseguindo lidar com o grande número de pessoas.
“Cheguei por volta das 20 horas, a fila estava dando a volta no quarteirão e não havia nenhuma informação no local. Quando deu 21 horas, o show começou e as pessoas na fila ficaram bravas porque ainda não tinham conseguido entrar”, explica Santos. Segundo ele, a organização do evento não conseguiu revistar todos da fila e, com o passar das horas, liberaram tanto as pessoas que tinham ingresso quanto as que não tinham, sem revista.
Diante do ocorrido, a também participante da festa, Emily, lembra que muitas pessoas com ingresso acabaram ficando de fora da festa. “As filas estavam imensas e muitas pessoas com ingresso foram embora porque não conseguiram entrar. Isso fez com que o evento se tornasse extremamente desconfortável”, explicou.
Outro ponto de descontentamento foi o preço dos produtos no festival. Um internauta, que preferiu não se identificar, relatou nas redes sociais que considerou irreal a cobrança de R$ 45 por um lanche de pernil em pão francês. Comentários como “absurdo” e “misericórdia, que caro” acompanharam o relato.
Prefeitura responde
Em nota, a Prefeitura de Ribeirão Pires informou que o novo layout do evento foi projetado para valorizar tanto a atração principal quanto o potencial gastronômico do festival. “Os chalés de gastronomia foram instalados na área de maior visibilidade do Complexo Ayrton Senna. O layout inclui recuos entre o palco e a área de alimentação, além de corredores largos para circulação e uma praça de consumo com mais de 200 mesas e cadeiras”, explicou a administração.
Quanto aos preços, a prefeitura ressaltou que o cardápio é variado e que os valores praticados pelos comerciantes são definidos de acordo com os produtos oferecidos. “O objetivo é oferecer ampla variedade de opções para atender aos visitantes, com diferentes valores para itens doces e salgados”, completou a administração.