Uma das mais conceituadas carnavalescas do Rio, Rosa Magalhães, de 77 anos, morreu na noite dessa quinta-feira, 25, vítima de enfarte. Ao longo de cinco décadas de carreira, Rosa se tornou a maior campeã do carnaval carioca na “Era do Sambódromo”, com sete títulos, cinco deles pela Imperatriz Leopoldinense.
Em nota, a agremiação lamentou a morte da carnavalesca. “Neste momento, faltam palavras para definir a grandeza de Rosa e de toda a sua trajetória não só no carnaval, mas em toda a sua carreira, ao longo dos mais de 50 anos de trabalho dedicado à arte”, diz o texto.
“Rosa promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre estará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e principalmente por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo. É e sempre será referência para todos os amantes do espetáculo que ela também ajudou a construir.”
A Unidos de Vila Isabel, escola de samba que venceu o carnaval de 2013 – o último conquistado por Rosa Magalhães – também lamentou a morte dela. “Se o carnaval carioca alcançou a primazia como grande espetáculo visual, muito se deve à Rosa. Artista completa, fez história em várias agremiações, sagrou-se a maior carnavalesca campeã da Sapucaí e projetou seu talento e profissionalismo para além da Avenida”, publicou a escola, em uma rede social.
A carnavalesca também teve participação importante em dois grandes eventos esportivos realizados no Rio. Em 2007, ela foi uma das responsáveis pela Cerimônia de Abertura dos Jogos Pan-Americanos – e isso lhe renderia um prêmio Emmy no ano seguinte, pelo figurino.
Já em 2016, Rosa Magalhães foi uma das responsáveis pela produção da Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio.