Procurador indiciará controladores

Embora ainda não tenha tido acesso ao inquérito da Polícia Federal sobre a tragédia do vôo 1907, click o procurador militar Giovanni Rattacaso já vê elementos para denunciar os controladores de plantão no dia do acidente por homicídio culposo duplamente qualificado (inobservância de ofício ou profissão e multiplicidade de vítimas). ?É claro que, desde o início, a causa primária dessa colisão foi o desligamento do transponder do jato. Mesmo assim, os controladores tinham de ter tomado providências?, assinala Rattacaso.

Dentre os erros cometidos pelo controle de vôo de Brasília (Cindacta-1) estão, segundo o procurador, a demora para tentar se comunicar com os pilotos do Legacy por freqüencias alternativas de rádio e a falta de contato com o centro de controle amazônico (Cindacta-4). ?Eles poderiam ter usado a ?linha quente? com Manaus para pedir que a rota do Boeing fosse alterada?, afirma Rattacaso. A opinião do procurador é compartilhada inclusive por militares da Aeronáutica. Para um oficial envolvido com o controle de tráfego aéreo, os controladores falharam. ?A responsabilidade dos pilotos é grande, mas também erramos. Prova disso foi o desgaste sofrido pelo Alto Comando?.

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Segundo pilotos e controladores de vôo ouvidos pelo Grupo Estado, no entanto, o acidente foi primordialmente causado por falhas consideradas graves dos pilotos do Legacy. ?Não houve só um desligamento involuntário de um equipamento, mas também negligência e imperícia?, diz um controlador. ?Eles ficaram quase 30 minutos tentando se comunicar sem sucesso pelo rádio, mas não emitiram sinal de erro de comunicação. Isso é primário.? As informações são de O Estado de S.Paulo.

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