A Prefeitura de Diadema promoveu nesta quinta-feira (13/06), uma visita de veículos de imprensa às obras do CEU (Centro Educacional Unificado), antes chamado de “Quarteirão da Educação”. Segundo a secretária municipal de Educação, Ana Lucia Sanches, “o desejo” é que até o final do ano o equipamento seja inaugurado, principalmente após o aporte feito pelo Governo Federal que vai incluir este Centro e os bairros no entorno.
O equipamento é dividido em três partes. A primeira é a chamada ‘área educacional’. São três prédios que vão receber uma creche (com até 300 vagas), uma escola de Educação Infantil (com até 500 vagas) e outra que terão aulas do Ensino Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos (EJA) com até 900 vagas. Esta área está com obras mais adiantadas, inclusive com o início da impermeabilização do solo da área em que ficarão as quadras e o solário.
A segunda parte é o prédio que receberá o futuro Centro Cultural. Este já conta com parte de sua estrutura e será finalizado até o final do ano. A terceira parte são os locais da futura biblioteca, da área esportiva (incluindo a piscina aquecida) e a explanada. Toda essa área está em sua fase inicial.
Segundo o gerente da obra, Gleison Moreira, houve um grande desafio em adaptar a obra ao terreno que está localizado em uma ladeira. Outro ponto de atenção é a busca por ações sustentáveis para maior entrada de luz natural nas salas de aula, controle da temperatura e o reuso da água.
“Certamente muda o paradigma de que tipo de equipamento público nós vamos ter. Eu diria que não só para Diadema, mas também para a região. Sei que viemos de uma tradição muito padronizada. É uma vinculação cultural e esportiva de fato, não é para inglês ver”, diz Ana Lucia.
A ideia do projeto é que os alunos possam usar as outras áreas para ter outras aulas e assim ter um ensino de tempo integral. Mas além dos estudantes que terão o seu dia a dia no CEU Diadema, a ideia é que estudantes de outras escolas da região possam acessar o equipamento para outras atividades. Além da própria comunidade que terá condições de frequentar os espaços cultural e esportivo de domingo a domingo.
“É claro que o foco aqui é Educação, mas é um equipamento que comporta todos os saberes. É uma proposta que a gente trabalha há mais de três décadas aqui, portanto, foi muito tranquilo isso (a implementação)”, disse a secretária municipal de Esportes e Lazer, Luciana Avelino, que acompanhou a visita.
Evitar problemas
A obra tem inspiração nos CEUs da Capital, porém, buscou evitar alguns problemas dos equipamentos paulistanos. O primeiro está com as piscinas. A ideia da construção de piscinas na parte de dentro e aquecidas foi para evitar a falta de uso nos períodos mais frios, algo que acontece na piscina do Poliesportivo Mané Garrincha, no bairro Piraporinha.
Outra mudança é o conceito da biblioteca, que não adotará a forma clássica e tem como objetivo tornar o processo de leitura mais convidativo para alunos e as demais pessoas da comunidade.
Investimento
A previsão é que a obra seja finalizada com um investimento total de R$ 140 milhões, sendo que o Governo Federal recentemente aportou outros R$ 40 milhões na obra, a partir do programa Periferia Viva, que faz parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que vai investir R$ 200 milhões na revitalização de toda a região do bairro Jardim Promissão.