Entre 13 e 19 de maio é comemorada a Semana Mundial de Conscientização sobre o Sal. O objetivo é estimular à implementação de intervenções, baseadas em evidências, para que se consiga reduzir o consumo de sal, considerando a importância desta atitude para proteger a saúde cardiovascular e contribuir na prevenção de várias doenças.
A campanha deste ano traz como tema “É hora de dar destaque ao sal”, focando no sal “escondido” (sódio) em diversos produtos, em sua maioria processados e ultraprocessados. Em muitos países, cerca de três quartos do sódio na dieta são provenientes destes alimentos como pão, molhos e temperos, biscoitos, salgadinhos (snacks), macarrão instantâneo, enlatados, refeições prontas, embutidos e queijos.
Esta mobilização agrega importantes órgãos como a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), num esforço global para compartilhar ferramentas técnicas para desenvolver e implementar políticas abrangentes para a redução do sal, nos produtos, no consumo, e apostado no marketing social, para promover práticas saudáveis tanto em casa, como nas escolas e locais de trabalho.
Segundo a OMS, o consumo de sal recomendado é de menos de 5 g/sal (<2 g de sódio) por adulto, diariamente, considerando todas as fontes, o equivalente a uma colherinha de café. Na Região das Américas, apenas, este percentual é bem acima do limite. Estima-se que a ingestão média de sal entre adultos, com 25 anos ou mais, é de 8,5 gramas por dia, que é 1,7 vezes superior à recomendação da Organização e excede muito a necessidade fisiológica. No Brasil, a média nacional é de 9,3 gramas/dia, quase o dobro do recomendado.
O consumo excessivo de sal/sódio afeta no aumento da pressão arterial, causando cerca de 30% da prevalência de hipertensão. Este quadro clínico contribui com pelo menos 40% das doenças cardiovasculares e AVC (Acidente Vascular Cerebral), que representam 45% de todas as DNTs (Doenças Não Transmissíveis).