Em algum momento do dia uma pessoa reclama sobre dores lombares. Tal situação ficou cada vez mais comum. Porém, o que no passado era causado apenas pelo fator de idade, hoje ganhou outros fatores, o que justifica o estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), de que 85% da população mundial tem ou terá algum problema. Em entrevista ao RDtv, o ortopedista, professor adjunto e chefe do Grupo de Coluna da Faculdade de Medicina do ABC, e cirurgião de coluna do Hospital Albert Einstein, Luciano Miller, falou sobre os principais problemas.
O especialista aponta que a partir do momento que a rotina do ser humano começou a ficar cada vez mais complicada, devido aos inúmeros afazeres, a população começou a não realizar mais exercícios físicos ou mesmo não conseguem manter a postura na hora de se sentar ou mesmo se deitar.
Mas além destes fatores, outras situações também colaboram para as dores lombares como o sedentarismo, tabagismo e o sobrepeso nas articulações, como os joelhos. Além disso, outro ponto que pode colaborar com os problemas é a genética.

“Todo paciente que chega no consultório com hérnia de disco pergunta se é hereditário. Na verdade, tudo na nossa vida é uma mistura de genética com estilo de vida. Por exemplo, você compra uma blusa, lava e ela já estraga. Você percebe que o fio que saiu de fábrica não é bom. Isso é a genética. Agora, você compra uma blusa de qualidade, mas não coloca para lavar e ela estraga. Isso é o estilo de vida”, iniciou.
“Quando um problema ocorre em uma idade mais baixa é o fator genético e não o desgaste ao longo da vida. Quando acontece na terceira idade, aí é muito mais a sua vida do que um problema genético”, completou.
Miller aponta que uma vida equilibrada, principalmente em relação aos exercícios físicos, pode ajudar a manter a coluna fortalecida. Não exagerar nos exercícios aeróbicos e realizar exercícios de fortalecimento. Prestar atenção para não levantar muito mais peso do que suporta e melhorar a postura. Assim é possível evitar boa parte dos problemas.