Diretor do DISE apresenta anuário e novo indicador econômico

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Na última terça-feira (14) a Prefeitura de Santo André lançou o Anuário. O material apresenta dados estatísticos e econômicos da cidade, mapeando o município em torno de atividades sócio-econômicas, entre outros. Além do anuário, o Paço andreense apresentou uma novidade. O INA (Índice de Nível de Atividade), criado pela própria equipe do prefeito Aidan Ravin, aponta o andamento da economia municipal, além de atualizar o movimento do setor em todo o ABC. Dalmir Ribeiro, diretor do DISE (Departamento de Indicadores Sociais e Econômicos), esteve no Repórter Diário e apresentou ambas novidades durante gravação do RDtv. Confira os principais trechos da entrevista:

Repórter Diário – O que é o anuário e como ele pode beneficiar o morador de Santo André?
Dalmir Ribeiro – O anuário é um documento estatístico que expõe a realidade da cidade. Ele torna transparente para todo mundo, toda a comunidade, a importância social dentro de um modelo de prestação de contas. Você tem todas as áreas da prefeitura fundamentais, Educação, Saúde, Obras, Fundo de Solidariedade, uma série de trabalhos da prefeitura que conseguimos colocar em 22 capítulos.

Compilamos todas as informações e as pessoas podem acessá-las, são importantíssimas. A sociedade, o público que estuda, seja o empresário ou o comerciante vão encontrar ali o seu cantinho, a informação que lhe interessa. Tem, por exemplo, não só a história de Santo André ou a Geografia, mas tem também dados de tudo que foi feito, Emeis, UBSs, trabalhos em hospitais públicos ou particulares, habitação. Tem um capítulo muito grande de desenvolvimento.

RD – Há três capítulos novos no anuário. Por que?
Dalmir – Criamos três capítulos. O primeiro é Potencialidades de Santo André, que resolvemos ter um espaço específico para elencar os principais destaques da cidade em termos de Economia, para poder fazer com que os agentes econômicos saibam os nossos potenciais. Às vezes tem pontos que ninguém sabe. Então conseguimos elencar de forma rápida e fácil sobre potenciais industriais.

Criamos também um capítulo do Fundo de Solidariedade. A gente tratou com carinho porque são ações para ações de vulnerabilidade. A gente produziu esse material para que as pessoas saibam como está sendo feito esse trabalho. O capítulo 20, de governo, a gente colocou todas as ações que são feitas de resgate de cidadania, entre segmentos de minorias. Negros, Terceira Idade, Juventude, Mulheres, LGBT, pessoas com deficiência. A gente conseguiu resumir todas as ações para que todos saibam o que está sendo feito.

RD – Como o anuário pode auxiliar o poder público?
Dalmir – A gente faz isso no dia a dia. Nada no poder público se realiza sem ter projetos. Sempre por trás dele é preciso ter um recurso financeiro, que venha do cofre da prefeitura, do estado ou da União, é preciso projeto, que é composto de informações e justificativas. Temos, por exemplo, uma região que precisa de muito investimento, que é o saneamento.

Todas informações que sustentaram projetos do PAC foram utilizadas informações que o DISE fez e está dentro do anuário. Sem isso a gente não tem acesso a recurso. É o que sempre digo, informação é diamante, ouro, e a gente necessita delas, no serviço público mais ainda.

RD – Recentemente o município criou um indicador econômico. Qual a finalidade dele?
Dalmir – é outro trabalho nosso, um outro produto da prefeitura. Era um grande desafio. A região sempre esteve defasada com relação a dados que pudessem dizer como está a economia da cidade e da região do ABC. A gente trabalhava desde 2009 e conseguimos concluir em 2011 o INA. O Indicador de Nível de Atividade da Prefeitura de Santo André é um indicador inédito porque até o momento não temos um indicador que conseguiu juntar o quebra-cabeça entre indústria, comércio e serviços. Tem indicadores parciais, ICMS, PIB, mas todos defasados.

Vamos publicar no INA a situação do mês anterior, sempre com um acompanhamento. Vamos acompanhar a curva da atividade econômica da região nos três setores. Uma novidade é que isolamos o setor exportador da região para identificarmos se estamos dependendo ou quanto o mercado externo é importante pra região. O INA tem uma metodologia própria, simples porque trabalha com ICMS, ISSQN para descobrir o faturamento médio por setor. Assim conseguimos entender o que está acontecendo com a economia.