Michel Temer defende reconciliação entre Bonome e Aidan

Leia também

RDtv/reprise 20/04/2024: Humanização dos cães gera complicações futuras nos pets, afirma especialista

há 1 hora

Corpo de ‘tio Paulo’, idoso levado morto a banco, será enterrado no Rio de Janeiro

há 2 horas

Belo chora Durante show e fala sobre a separação: ‘o amor sempre vence’

há 2 horas

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), surpreendeu nesta sexta-feira (10) ao defender uma reconciliação entre o prefeito de Santo André Aidan Ravin (PTB) e o ex-secretário Nilson Bonome (PMDB) para a eleição de outubro.Segundo interlocutores de Temer e o PMDB paulista, o vice de Dilma Rousseff desconhecia a saída de Bonome do Paço Municipal andreense.

O ex-homem do governo Aidan, que chegou a comandar três pastas simultaneamente, pediu exoneração no dia 1º deste mês, logo após ter a sua pré-candidatura a prefeito anunciada pela executiva estadual peemedebista. “O Aidan vai ter uma reunião conosco. Nós vamos acertar isso tranquilamente entre o Aidan e o Nilson. Eu defendo o diálogo entre eles”, declarou aos jornalistas da região na saída do diretório do PMDB paulistano, onde prestigiou o anúncio de apoio do PSC à pré-candidatura de Gabriel Chalita.

Escoltado por seguranças, Temer respondeu rapidamente ao bombardeio de perguntas da imprensa local. Inicialmente tergiversou nas respostas, mas, aos poucos, foi recheando a prosa. Citou Nilson como “grande peemedebista” e lembrou que a candidatura vai “depender da direção estadual”, mas, na sequência, sacramentou a conversa com a defesa da reconciliação. A fala do grão-mestre da sigla causou espanto nas lideranças do PMDB que aguardavam um gesto mais incisivo em prol da raia própria andreense.

Diante da neutralidade de Temer, os protagonistas da legenda paulista trataram de contornar a saia justa. O presidente estadual, Baleia Rossi, que anunciou a pré-candidatura de Bonome, reiterou o apoio ao ex-secretário. “A candidatura própria é mais interessante ao PMDB, agora isso não fecha nenhuma porta. Pra nós a (pré) candidatura do Nilson é prioritária”.

Jarbas Elias Zuri, integrante da executiva estadual e membro da direção nacional, foi ainda mais enfático. “O vice-presidente sempre fala pela conciliação, gentileza e pelo conhecimento político que tem. Ele é muito grato ao que o Aidan fez na campanha (em 2010, apoiou Michel Temer como vice de Dilma Rousseff) e obviamente não pode desrespeitar o prefeito. Mas o processo político é assim. Hoje estamos no mesmo lado e amanhã podemos estar em lados opostos”, disse. “A pré-candidatura do Nilson foi posição da executiva estadual e fortalece o PMDB na região metropolitana”, sustentou. Segundo ele, na próxima terça (14), Nilson Bonome vai se reunir novamente com a direção estadual para continuar as ações pró-candidatura.

Encerrado o evento, os pemedebistas iniciaram uma ofensiva nos bastidores para entender o posicionamento “em cima do muro” adotado por Temer. Acionado por telefone, Arlon Viana, assessor direto do vice-presidente e integrante da cúpula paulista da sigla, confidenciou que Michel “não sabia do pedido de exoneração de Bonome e, por isso, adotou um discurso mais polido e contemporizador”. “Neste momento com o Aidan não tem diálogo. Eu falo pelo Michel Temer que o Nilson é o (pré) candidato real e legítimo”, cravou.

“Conversar não quer dizer convergir”, argumentou.Vale ressaltar que semanas antes de Bonome deixar a administração andreense, uma conversa entre Aidan e Temer era aguardada na cidade. Tal encontro decidiria os rumos de uma possível manutenção da parceria PTB-PMDB ou ruptura – ainda que com parte do PMDB, na figura de Bonome.