O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André aprovou na última quarta-feira (29/03) os 40 itens da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023. Em entrevista ao RDtv, o representante legal da entidade sindical, Durval Ludovico, e a diretora Mirvane Dias, explicaram parte das ações que serão levadas ao prefeito Paulo Serra (PSDB) na próxima semana.
Na pauta econômica será reivindicada uma reposição salarial de 15,15%, levando em conta a inflação do último ano e as perdas que ocorreram em 2021, ano em que não ocorreu o reajuste devido as medidas federais para financiar as ações dos municípios contra a Covid-19. Além disso, a categoria também pede 3% de aumento real, ou seja, um total de 18,15%.
Além disso, com a sequência de reclamações sobre os restaurantes para o funcionalismo, a categoria pede a criação do vale refeição com o valor de R$ 750 mensais. Outro ponto está na cesta básica, tanto o aumento para cerca de R$ 400 e que a cesta seja disponibilizada para todos os servidores, não apenas alguns.
Além da pauta social aprovada em conjunto, o Sindserv vai insistir na campanha contra a violência escolar e a aprovação de uma minuta de projeto de lei que foi entregue pela entidade em outubro do ano passado visando ações que possam melhorar o convívio entre a comunidade escolar, pais e alunos.
“Entramos em contato com a Secretaria de Educação falando da necessidade de atendimento psicológico tanto para professores quanto para a comunidade escolar, para os alunos, para os profissionais da Educação. Inclusive uma orientação para os familiares. Alguma formação que se faça para todos”, explicou Mirvane.
Outro ponto pedido foi um contato direto com a Guarda Civil Municipal e a presença de agentes de segurança nas instituições, principalmente após casos de pais de alguns alunos que resolveram usar da violência como resposta para alguma indignação com a instituição de ensino.
O texto final será finalizado. A ideia da categoria é ter uma assembleia permanente e orientar os servidores sobre as ações e negociações. Além disso, aguardam o espaço para iniciar a mesa de negociações com o governo. A ideia é evitar o cenário que ocorreu em São Bernardo, cidade em que a categoria segue em greve mesmo após a aprovação do reajuste.
“Espero que neste ano tudo transcorra da forma mais calma possível. Acho que a greve é ruim para as pessoas que necessitam de serviço público, seja das escolas, creches ou postos de saúde. Então a greve é o pior cenário. Só queremos que sejam atendidas as nossas demandas e que se tem uma demanda que não pode ser atenda, que tenha uma justificativa plausível apresentada”, disse Durval.