Instituições de longa permanência investem em conforto e saúde para idosos

Instituições de longa permanência, conhecidas também como casas de repouso, apostam em multitarefas para oferecer melhor qualidade de vida para idosos em seus últimos anos de vida. Antigamente, os asilos, como costumavam ser chamados, recebiam as pessoas para um apoio de moradia, mas não existia preparação nos fundamentos clínicos e de convivência como agora, conforme dizem as diretoras de lares de longa permanência, Luciane Martins Mieli e Sylvia de Souza Wenzel, em entrevista ao RDtv.

A enfermeira e diretora do Lar dos Avós, Luciane Martins, explica que as casas de longa permanência oferecem ao idoso, não só a parte clínica e multidisciplinar, mas também um preparo melhor para a convivência familiar e com outros idosos. “A rede social deste idoso continua quando ela permanece neste lar. Hoje em dia, a expectativa de vida saudável dos idosos é muito maior e, mesmo assim, ainda existe dificuldade para a mobilidade dentro das suas residências e é ai que as casas de longa permanência são importantes”, diz.

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Sylvia de Souza Wenzel, proprietária da Clínica Riviera, levanta o ponto da supervisão do idoso. Ela ressalta que os idosos são mais suscetíveis a queda por conta da idade, e ambientes que não são adaptados a isto, podem ser um risco. “Nas casas de repouso, além de ser um lugar preparado para estas pessoas que tem dificuldade de mobilidade ou possuem alguma doença que possibilita a queda, temos uma equipe preparada para atender os idosos a todo momento”, expõe.

Sobre os casos mais comuns que levam à internação, Luciane esclarece que os perfis são variados. Existem casos em que a família opta pela internação, mas algumas vezes o próprio idoso toma a iniciativa. “Considero uma delícia quando o paciente opta pela própria permanência no lar e, este idoso é feliz aqui. Não se torna algo forçado e sim prazeroso, tanto para a família quando para a pessoa que está aqui conosco”, explicita a enfermeira.

Com a pandemia, Sylvia teve que aderir, além dos cuidados com a covid, novos planos para o tratamento dos idosos. “Senti que o emocional deles ficou muito abalado, então fizemos muitas chamadas de vídeo com as famílias para tentar amenizar a tristeza”, diz. “Na época contratei um psicólogo que viesse conversar e dar assistência para a saúde mental e, até hoje, mesmo com o retorno das visitas, noto que ainda tem resquícios de carência da parte dos pacientes”, diz a proprietária da Clinica Riviera.

No caso de Luciane, o Lar dos Avós optou por brincadeiras e jogos na tentativa de distrair um pouco os pacientes. “Fizemos todas as festas internas, apenas com alguns funcionários e os idosos. Tentamos trazer um pouco desta alegria, porque esta distância dos familiares era é algo muito difícil e, felizmente, essas dinâmicas foram algo que tirava um sorriso mesmo em tempos complicados”.

Sylvia afirma, ainda, que por conta da lotação da Clínica Riviera, o planejamento é de expandir a instituição. “Já estamos procurando uma outra locação, mesmo sendo algo complicado”, explica. Já Luciane diz que o Lar dos Avós já está em processo de expansão e pretende abrir novos leitos assim que possível. “Recebemos muitos pacientes que vem até nós por indicações e, por isso, queremos aumentar nosso espaço e trazer 14 novos quartos para os pacientes”, reforça.

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