Santo André celebra Semana Nacional de Conscientização do TDAH

Rede municipal atende atualmente 1.425 alunos no Caem (Foto: Divulgação/PSA)

Santo André, por meio do Centro de Atendimento Especializado Multidisciplinar (Caem) e o Departamento de Educação Inclusiva e Apoio Educacional, realizou nesta semana um encontro em celebração à Semana Nacional de Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Na ocasião, cerca de 100 pais e responsáveis por alunos da rede municipal participaram de uma roda de conversa sobre o transtorno.

O evento realizado na última quinta-feira (4) no Caem, na Vila Pires, contou com a explanação da psicóloga Simone Martinez Barberá e também da psicóloga e psicopedagoga Bernadete Sartori sobre as temáticas quem envolvem o TDAH – transtorno de origem neurobiológica, de base genética, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Vale destacar que, além dos fatores genéticos, os fatores ambientais também podem levar a alterações funcionais do sistema nervoso central.

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“Quanto mais cedo o setor educacional cuidar dessas crianças, mais os sistemas de ensino contribuirão para minimizar o prejuízo ao seu desenvolvimento”, destaca a secretária de Educação, Cleide Bauab Eid Bochixio.

A rede municipal de ensino de Santo André atende atualmente 1.425 alunos no Caem, destes 65 crianças do ensino fundamental com diagnóstico de “Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade”. As crianças são encaminhadas via unidade escolar para a avaliação multidisciplinar, visando realizar a abordagem mais adequada de acordo com as suas necessidades e diagnóstico.

É no Centro de Atendimento Educacional Multidisciplinar que é feita avaliação diagnóstica e atendimento terapêutico nas áreas de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia, além de orientação escolar e orientação familiar, quando necessário, aos alunos com suspeita ou diagnóstico de TDAH.

“Além de atendimentos descritos, o Caem oferece orientação e formação dos assistentes pedagógicos, os quais atua diretamente junto aos professores. De modo geral as ações são destinadas ao desenvolvimento global dos alunos”, reforça a diretora de Educação Inclusiva, Sandramara Gerbelli.

A avaliação de um perfil acadêmico comum da pessoa com TDAH inclui avaliação de aspectos que estão atrelados à leitura, escrita, matemática, habilidades de estudo e organização. O diagnóstico deve ser clínico e multidisciplinar, através de observação comportamental da criança em diferentes ambientes, entrevista com os pais ou responsáveis, professores, cuidadores, neuropediatra, psicopedagogos e psicólogos e também questionários e escalas respondidos por pais, cuidadores e professores.

O tratamento é indicado de forma multidisciplinar com a atuação de médicos (neurologista e /ou psiquiatra podendo ou não ser utilizado psicoestimulante); psicologia com objetivo de reabilitação cognitiva, regulação das emoções possibilitando maior qualidade de vida; neuropsicopedagogia/psicopedagogia com estratégias de ensino/aprendizagem, visando a evolução do desempenho acadêmico, bem como, elevar a autoestima e o prazer com o aprender.

Diante deste cenário, a Secretaria de Educação destaca sete elementos chave para o sucesso do trabalho com a pessoa com TDAH: manutenção da atenção, administração na sala de aula, organização, habilidades de estudo, instrução multissensorial, acomodação para estilos de aprendizado, modificação na produção escrita e práticas de colaboração.

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