A CEI (Comissão Especial de Investigação) do Pix, na Câmara de Rio Grande da Serra, aprovou nesta quinta-feira (4/8), as duas primeiras convocações para depoimentos. O empresário Eduardo de Jesus Dias, autor de um dos pedidos de impeachment contra o ex-prefeito Claudinho da Geladeira (PSDB), e o suplente de vereador Waine Arcanjo (AGIR). Os dois depoimentos serão realizados no dia 11 de agosto. Além disso, houve um reforço na solicitação de documentos.
O primeiro depoente a ser ouvido será Eduardo. O empresário pediu a cassação de Claudinho, pois o então prefeito não teria respondido 17 requerimentos de vereadores nos meses de fevereiro e maio do ano passado. Durante toda a investigação, a defesa do ex-prefeito chegou a denunciar Dias com a suspeita de que documentos falsos foram levados para a Câmara para acusar o tucano. Um inquérito foi aberto.
Waine será o segundo a ser ouvido. Sua convocação foi baseada na entrevista dada ao jornal Diário do Grande ABC, afirmando que Claudinho da Geladeira teria oferecido para o vereador Claudinho Monteiro (AGIR) o cargo de secretário de Esportes com o objetivo de ter Arcanjo no Legislativo, assim supostamente criando um cenário contra a cassação, o que não aconteceu.
Além disso, o presidente da CEI, Elias Policial (Podemos), e o relator Roberto Contador (Avante), também aprovaram a solicitação para a Delegacia de Polícia com o objetivo de verificar se foi feito algum boletim de ocorrência sobre o caso.
Os vereadores também solicitaram para a assessoria jurídica da Casa para que documentos solicitados junto a defesa de Claudinho da Geladeira fossem obtidos rapidamente, o que consideram que seja de grande importância para as próximas convocações.
CEI do Pix
A CEI do Pix investiga as denuncias feias pelo ex-servidor da Câmara, Gabriel Henrique Afonso Campagnoli, que acusa o ex-secretário de Governo Admir Ferro (PSDB) de ter feito transferências bancárias para bancar uma denúncia falsa contra os vereadores favoráveis a cassação de Claudinho da Geladeira.
A primeira denúncia de Gabriel acabou paralisando as duas comissões processantes menos de 48 horas antes da sessão de julgamento. Após a nova fala do ex-servidor, uma limiar foi obtida e assim houve os dois julgamentos que terminaram com a cassação de Claudinho.