O câncer de bexiga – que afeta principalmente os idosos – requer atenção e cuidado. Isso porque por conta do atraso no diagnóstico, em razão da pandemia, as intervenções cirúrgicas para o tratamento da doença têm aumentado cada vez mais e, com isso, mais pacientes estão submetidos a procedimentos invasivos.
A oncologista e professora da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Suelen Martins explica em entrevista ao RD, que os principais sintomas do câncer de bexiga que devem ser observados são o sangramento na urina e fortes dores abdominais. “São sintomas que facilmente podem ser confundidos com uma simples infecção urinária, mas que pode indicar um câncer na bexiga”, alerta.
Pelo diagnóstico errado ou automedicação, a médica explica que o paciente faz tratamentos recorrentes que acabam não resolvendo o problema em questão. “A pessoa se automedica ou toma algum remédio por achar que é infecção e não resolve”, diz. “Enquanto o tumor estiver ali, a urina continuará saindo com sangue e esse sangramento deve ser tratado como um sinal de alarme”, orienta a oncologista.
Além disso, outros sintomas podem surgir no decorrer do avançamento da doença, a exemplo de emagrecimento, falta de apetite e dores em outras regiões. “Por isso é extremamente importante ficar de olho nos sinais que podem indicar a doença”, afirma.
Segundo a oncologista, não existe um exame de rastreamento precoce para o câncer de bexiga. Por isso, é importante se atentar somente aos sintomas da doença e evitar os gatilhos que podem levar para tal, como o tabagismo, que é considerado o principal fator de risco para o câncer de bexiga.
A maior faixa etária acometida pela doença são idosos acima de 65 anos, e geralmente homens. “75% dos casos de câncer de bexiga são em homens”, ressalta Suelen. O tratamento pode ser feito com quimioterapia ou cirurgia, mas depende do estágio da doença.