Segurança nas escolas ainda não é prioridade

Um recente levantamento do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) demonstrou que cerca de 62% das escolas estaduais foram palco de atos de violência em 2010 como depredações, roubos, violência contra professores e alunos. O caso do garoto David Mota Nogueira, que atirou na professora e depois se matou, na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano, levanta discussão sobre insegurança vivida diariamente dentro dos ambientes escolares.

Aluna da Escola Estadual Padre Aristides Greve, em Santo André, Fernanda Rodrigues afirma que várias pessoas já foram alvo de assaltos nas proximidades da escola, inclusive dois professores que foram abordados dentro do próprio estacionamento do colégio. “Depois desses assaltos não vimos nenhuma ronda escolar, para fazer um monitoramento na hora da entrada e na hora da saída. Alunos estão mudando de escola para não serem os próximos a sofrerem atentados”, critica a estudante.

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No início de setembro, um adolescente foi pego com um revólver calibre 22 dentro da Escola Estadual Profª Mirna Loide Correa Ferle, em Mauá. Em depoimento aos policiais, o estudante afirmou ser alvo de ameaças na saída da escola e por isso teria comprado a arma.

Presente em reunião com os prefeitos da região, no Consórcio Intermunicipal do ABC, o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, afirmou que todas as escolas do Estado já possuem programas de segurança implantados e a integração dos guardas municipais com a Polícia Militar é um exemplo de ação bastante positiva. “Mas não foi discutido nada de novo sobre esse tema aqui no Consórcio e também não sei se a secretaria de Segurança Pública pensa em ações novas para reforçar a segurança escolar”, afirma o secretário.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo não informou se há novos projetos em relação a segurança nas escolas. (Colaborou Carolina Neves)

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