A maioria das pesquisas eleitorais divulgadas nos últimos meses apontam os nomes de Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) na dianteira para o comando do Governo de São Paulo, porém, para o deputado estadual Teonílio Barba (PT) a situação pode ficar igual a polarização nacional. Em entrevista ao RDTV nesta quinta-feira (5/5) o parlamentar apontou um cenário de disputa entre o ex-prefeito da Capital e Tarcísio Gomes de Feitas (Republicanos).
Ao ser questionado sobre o assunto, o petista justificou sua sensação com o fato de Rodrigo Garcia (PSDB) ter um “desgaste” por ter sua imagem ligada ao de João Doria (PSDB). Para Barba, o fato de nenhum dos nomes da chamada terceira via ter deslanchado na disputa presidencial pode colaborar com uma alteração do atual cenário em São Paulo.
“Não tem terceira via, a disputa está ali entre o presidente Lula e o Jair Bolsonaro, o presidente genocida. É da política e nós não sabemos (como será o cenário futuro), depende muito de como será a disputa. Todas as pesquisas, quando se tira o Márcio França (PSB) da disputa quem sobe nas pesquisas é o Rodrigo Garcia e aí ele tem a máquina do Governo do Estado na mão”, ponderou.
Sobre França, o deputado estadual se mantém ponderado, aguardando a futura decisão do ex-governador. “O Márcio vai aguardar, talvez, até o início de junho ou final de junho para tomar essa decisão. Ele está pontuando o tempo todo em segundo lugar, então temos que respeitar muito o Márcio, até porque ele ajudou neste debate da composição da vinda do Alckmin para o PSB e para ser o vice do presidente Lula, então temos que respeitar a trajetória do Márcio França. Lógico que eu vou trabalhar dia e noite, sete dias por semana, 24 horas por dia para que o Haddad seja o nosso governador”, explicou.
O atual cenário eleitoral de São Paulo está animando Teonílio Barba, principalmente por Haddad conseguir acabar com uma escrita petista de não subir além dos 2% no início da disputa pré-eleitoral no Estado. As pesquisas apontam que o ex-ministro da Educação conta com uma intenção de voto que gira na casa dos 30%.
Desde a eleição de 1982, o PT conseguiu por uma oportunidade chegar ao segundo turno com José Genuíno, em 2002, que acabou derrotado por Geraldo Alckmin (então no PSDB). Em 2018, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT) terminou em quarto lugar com 12,66% dos votos válidos no primeiro turno.