Sindicato dos Bancários aponta fiscalização de atendimento como desafio

Banco Mercantil é o principal alvo de reclamações em São Bernardo (Foto: Sindicato dos Bancários)

Após a aprovação do projeto de lei que visa advertir e multar bancos caso demorem mais de 30 minutos para atender seus clientes em São Bernardo, o debate sobre o tema segue para a forma de fazer valer a proposta, caso ela seja sancionada. No RDtv desta sexta-feira (04/03) o autor da matéria, Julinho Fuzari (União Brasil), e o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Gheorge Vitti, apontaram os caminhos para tal processo. Um dos principais desafios colocados está na forma de realizar essa fiscalização nas agências, principalmente na forma de provar que ocorreu a demora.

Vitti considera positiva a propositura de Fuzari, na qual chama de “provocação aos bancos” e acrescenta que os problemas aumentaram no período de pandemia. “Nós estamos em um momento diferente com a pandemia e a digitalização dos serviços bancários. Os bandos estão tentando de todas as maneiras não atender as pessoas ao dizer que tem plataformas alternativas, que tem outras ferramentas de serviço que as pessoas possam buscar”, relatou.

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O sindicalista aponta que atualmente a defasagem de atendentes nos bancos da região está na casa dos 2 mil. Além disso, aponta o processo de se evitar novas contratações para que não apenas a lei de São Bernardo, mas os demais regramentos aprovados no ABC possam ser cumpridos. Segundo sua apuração, as instituições estão economizando R$ 2,1 bilhões por ano com a redução de pessoal e de locais para o atendimento presencial.

Com este cenário o processo de fiscalização acaba sendo importante. A princípio a regulamentação deste processo será definido pela Prefeitura, em caso de sanção do projeto de lei. Para Fuzari é necessário acrescentar forças para conseguir ampliar as ações para que a lei seja cumprida.

“Temos que acrescentar também o Ministério Público. Os promotores são os guardiões da lei e assim devem também nos ajudar nesta fiscalização. Caso ocorra algum problema temos que levar até eles. Eu já precisei fazer isso durante o meu primeiro mandato quando alguns bancos instalados no Shopping Metrópole não contavam com porta giratório. Esse fato causou até casos de roubo. Temos que juntar forças para isso”, salientou o vereador.

Gheorge e Julinho concordaram que a ação pode se tornar regional, não apenas pelo fato da maioria dos municípios contar com projetos que tenham o mesmo objetivo, mas também por causa da ação de outras entidades como o Procon e o próprio Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

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