Dúvidas simples ainda desafiam muitas mães

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A gravidez de primeira viagem é uma verdadeira aventura para a mãe e o pai. As dúvidas, que começam com pintar ou não o cabelo da mãe e a melhor alimentação durante os nove meses, se multiplicam, e muito, com a chegada do bebê. Para os ‘marinheiros de primeira viagem’, como não há manual de ajuda, a saída é seguir o instinto de mãe e tentar entender as diferentes causas de choro e outras manifestações do bebê.

Para os profissionais de Medicina, o correto é tirar as dúvidas sempre no consultório ou buscar os canais de atendimento especial, como alô mamãe, que as clínicas e maternidades oferecem para obter informações seguras. “A proximidade com o pediatra é fundamental para esclarecer as primeiras dúvidas”, conta Ivete Zoboli, coordenadora do Ambulatório de Pediatria do PAI (Programa de Atendimento Interdisciplinar) do Hospital Santa Helena do ABC.

De acordo com Pedro Ferreira Awada, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Brasil, os cuidados começam pela alimentação balanceada durante a gestação. “A mulher não tem de comer por dois, porque o ideal é engordar entre 7 kg e 9 kg no período de gestação”, explica.

Outro cuidado é quanto às atividades físicas. O ideal, segundo Awada, é a mãe continuar a fazer os exercícios, mesmo em academia. “Se a gestante não praticava exercícios antes de engravidar, o recomendado é não começar agora ou começar após os três primeiros meses”, ensina.

É o caso de Silvyene Gossi, administradora e mãe de primeira viagem de Laura, hoje com dois meses de idade. Silvyene conta que continuou a fazer esteira na academia. “Só parei nos últimos meses de gestação, pois ficava muito cansada”, afirma a mãe, moradora em Santo André.

Pintar ou não o cabelo é outra dúvida recorrente de muitas mães. O obstetra explica que o recomendado é não pintar os cabelos, apenas retocar. “Os componentes presentes na tinta podem causar irritação e em alguns casos raros o excesso pode provocar alteração no feto”, afirma.

Cuidados
A chegada do bebê aumenta ainda mais as dúvidas das mães. Ivete ressalta a importância da presença do pediatra nos primeiros meses de vida do bebê. “O ideal é que após uma semana de alta da maternidade o bebê volte para fazer uma consulta”, afirma.

Entre as preocupações recorrentes nos consultórios médicos estão o crescimento da criança e a aleitação correta. “É difícil explicar o quanto o bebê mamou de verdade e se ganhou peso, mas isso só é possível detectar nas consultas mensais, com um acompanhamento de perto do bebê”, conta Awada.

Porém, a importância da amamentação fez com que Cláudia Ferreira, ex-secretária e mãe de Helena, de nove meses, de São Bernardo, não deixasse de amamentar o bebê. “Todo mundo sempre me falou que o seio ficava ferido, mas não desisti e amamento Helena até hoje”, conta a mãe.

Os receios de que algo aconteça com o bebê ainda abrange a hora de dormir, refluxo, dar banho e vacinas, e a tendência é apenas aumentar ao longo do tempo. “A hora de dar banho era a que mais me preocupava no início”, confessa Sylvene. “Agora vão nascer os dentes da Helena e me disseram que ela vai ficar chorona e vai começar a coçar as gengivas. Estou com medo”, desabafa Cláudia. (Colaborou Larissa Marçal)