Quem mora no Zaíra 4, parte alta do bairro Jardim Zaíra, em Mauá, sofre falta de água desde 14 de janeiro. Em pleno verão e sem uma gota de água nas torneiras e com raras idas de caminhão pipa da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ao local, os moradores estão desesperados. A suspeita para a escassez de água é que haja algum vazamento na rua.
O digital influencer Eder Santos, morador da rua Doutora Áurea Oliveira da Silva, conta que algumas casas da via estão com água, mas outras não, como é o seu caso. “Está muito difícil, fora os gastos, pois para fazer comida tenho de comprar água. “Eu só queria tomar banho em paz, sem precisar ser de canequinha. Eu ficaria alguns dias sem energia, mas sem água não consigo”, reclama.
Eder Santos diz que entrou em contato com a Sabesp várias vezes, mas pouco adiantou. O caminhão pipa apareceu na rua três vezes, mas somente na última encheu algumas caixas d’agua. ”Todos estão desesperados, tenho vizinhos com crianças e idosos em casa, é desumano. Já cansei de ligar, parece que não resolve”, relata.
O Zaíra 4, uma das áreas do bairro, é o mais afetado pelo desabastecimento. Além da falta de água, os moradores dizem que o caminhão que recolhe resíduos não tem subido para pegar o lixo das casas.
Contatada, a Sabesp informa que no momento está realizando reparo de vazamento no local a fim de regularizar a situação do abastecimento. “A área citada teve um grande crescimento no número de moradias, inclusive com muitas ligações irregulares. Essa situação acaba afetando o abastecimento na região”, justifica a companhia.
A Companhia já iniciou estudos para regularização das ligações incluindo a região no Água Legal, o programa da Sabesp premiado pela ONU e que leva água de qualidade a áreas informais. As tratativas já estão em andamento junto à Prefeitura de Mauá.