Juntos os casos de dengue, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, tiveram um aumento 452% em média na região na região. As prefeituras já têm mapeados os tipos de local com maior incidência de criadouros do mosquito e também já sabem os bairros mais críticos, mesmo assim o mosquito tem vencido a batalha contra as ações de fiscalização e combate.
O aumento maior foi registrado em Diadema, com alta de 1.442,8% no número de casos, passando de 21 casos de dengue em 2020 para 324 casos no ano passado. A cidade não teve casos notificados de zika ou chikungunya nos dois anos. A prefeitura sustenta que faz vistorias em imóveis considerados especiais (como borracharias e desmanches de veículos). “Há ainda os imóveis estratégicos, que são as escolas, shoppings, rodoviárias que também são vistoriados por essa equipe. As vistorias em residências são realizadas pelos 437 Agentes Comunitários de Saúde localizados nas 20 UBS do município, e as ações de controle específicos são realizadas pelos 19 agentes de endemias e do do Centro de Controle de Zoonoses de Diadema. Além disso, antes do início do verão, as equipes fizeram uma intensificação das ações educativas em supermercados da cidade, local onde há grande concentração de pessoas para sensibilizar sobre a importância dos cuidados preventivos”, informou a administração em nota. O bairro de Eldorado é considerado mais crítico pela prefeitura.
Na sequência vem São Caetano, com 1000% de aumento no número de casos passando de 8 registrados em 2020 (sete importados e um autóctone) para 88 no ano passado, sendo 85 de dengue (56 importados e 29 autócnones) e três casos de zika vírus. A prefeitura explicou, em nota, que os locais críticos como borracharias e desmanches são visitados a cada 15 dias pelos agentes de zoonoses. Ao todo a cidade tem cinco agentes de zoonoses e endemias, três fiscais para denúncias pontuais e 132 agentes comunitários de saúde.
A alta em São Bernardo foi de 226% passando de 69 casos das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti em 2020 para 225 casos no ano passado. Em 2021, foram confirmados 213 casos de dengue e 12 de chikungunya. Em 2020, foram 69 casos confirmados de dengue e nenhum de chikungunya e zika. “Quando identificado o foco, os moradores recebem orientações quanto às práticas de prevenção. Somente durante a Semana Estadual de Combate à Dengue (8 a 12/11), o CCZ identificou 53 pneus com água, sendo cinco com larvas, em um total de 362 vistoriados. Também foram avaliados mais de 5,3 mil recipientes. Os técnicos visitaram 4.439 imóveis nesse período, ampliando a disseminação das informações de combate, com panfletos, palestras e fixação de cartazes. Em 2021, foram realizadas 135 ações educativas nos bairros pelos 62 agentes que atuam nas ações de prevenção e combate dos criadouros”, detalhou a prefeitura em nota. A prefeitura diz ainda que, em razão da densidade demográfica e da presença de cursos d’água, os bairros do Grande Alvarenga, Batistini, Jordanópolis, Paulicéia e Taboão são os mais atendidos pelas equipes técnicas do Centro de Controle de Zoonoses.
Em Santo André a alta foi de 175,6% segundo os dados informados pela administração. A prefeitura informou que os bairros mais críticos são: Vila Palmares, Bairro Jardim, Vila Floresta, Utinga, Jardim das Maravilhas, Parque Capuava, Jardim Santo André, Vila Lucinda e Vila Sacadura Cabral. A prefeitura sustenta que faz campanha. “As ações são periódicas e integradas entre as equipes da Zoonoses e Atenção Básica de Saúde, por meio dos agentes comunitários de saúde, que reforçam as ações de conscientização e combate ao mosquito da dengue”, diz a prefeitura em nota.
Ribeirão Pires passou de 12 casos de dengue e um de chikungunya no ano de 2020 para 23 casos de dengue e três de zika vírus no ano passado. O aumento foi um dos menores do ABC e ainda assim de 100%. Em nota, a prefeitura informou que os bairros mais atingidos são Santa Luzia e Ouro Fino. A prefeitura diz que tem oito agentes de fiscalização que visitam os locais críticos a cada 15 dias.
A prefeitura de Mauá não informou o número de casos registrados em 2020, disse apenas que no ano passado foram 63 casos de dengue e um de chikungunya. A prefeitura de Rio Grande da Serra não registrou nenhum caso dessas doenças nos dois anos.