O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vai analisar em fevereiro de 2022 o recurso do prefeito para saber se ele seguirá ou não no cargo. Tal notícia poderia causar um caos político em qualquer lugar e uma série de polêmicas, mas não necessariamente em Ribeirão Pires. Mesmo com Clovis Volpi (PL) tentando reverter uma decisão desfavorável no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o movimento político em 2021 acabou com tranquilidade.
Volpi terminou o ano com sua situação eleitoral virando uma incerteza. O TSE analisará, em fevereiro, um recurso especial do chefe do Executivo para reverter a situação na Corte Estadual que o considerou inelegível por supostas irregularidades no julgamento de suas contas em relação ao ano de 2012.
As contas contavam com parecer negativo do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), o que foi seguido pelo Legislativo. Porém, Clovis entrou com um recurso alegando que não houve direito a defesa e articulou com os parlamentares para que as contas fossem aprovadas, o que aconteceu. Aos olhos do TRE-SP houve irregularidades nesse processo.
Diferente do caso Auricchio, em São Caetano, o recurso de Volpi segue diretamente para o plenário da Corte Eleitoral e em sessão virtual, a partir de 4 de fevereiro, o destino da cidade será traçado. O vice-prefeito Amigão D’Orto (PSB) entrou com outro recurso pedindo para assumir o cargo de prefeito, caso Volpi seja considerado como inelegível.
Caso a dupla governista seja derrotada, um novo pleito será realizado. Clovis considera que Amigão possa ser candidato neste cenário. Outro nome que se movimenta é Gabriel Roncon (Cidadania). Inclusive com o apoio do deputado federal Alex Manente (Cidadania), o ex-vice-prefeito busca fortalecer seu nome da cidade e para isso chegou a romper com o ex-prefeito Kiko Teixeira (PSDB).
Kiko viu sua situação na cidade ficar complicada com a reprovação de suas contas na Câmara. O tucano não escondeu a sua irritação, principalmente com dois vereadores que considerava como aliados, Amanda Nabeshima (PTB) e Diogo Maneira (PSDB), que votaram pela rejeição das contas.
Enquanto tudo isso acontece nos bastidores políticos, na gestão o ano de 2021 foi muito difícil, principalmente no primeiro semestre. Com um alto número de pacientes com a forma grave da covid-19, houve a necessidade da busca de recursos para aumentar o número de leitos no hospital de campanha, fato que acabou demorando para acontecer e levou 40 vidas que aguardavam por uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Com uma grande velocidade na vacinação, Ribeirão Pires foi a primeira cidade a desativar seu hospital de campanha na região e assim conseguiu um controle interno da doença. Mas a Saúde seguiu sendo tema e em dezembro foi assinada a ordem de serviço para a entrega do Hospital Santa Luzia. Mesmo assim ainda é necessário encontrar uma forma de custear o novo equipamento. A Prefeitura tem como meta conseguir uma parceria com a Uninove para que local vire um Hospital Universitário.