A novela sobre o futuro político de São Caetano segue sem uma perspectiva de quando ocorrerá o último capítulo. Em ação realizada nesta quarta-feira (8/12) o prefeito interino, Tite Campanella (Cidadania), reclamou da demora do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em definir qual será o resultado do Caso Auricchio. O chefe do Palácio da Cerâmica segue acreditando no retorno de José Auricchio Júnior (PSDB) ao comando da cidade.
“O que está acontecendo em São Caetano é um retrato do sistema jurídico do Brasil, não criamos exatamente nada diferente. Isso acontece em todas as instâncias, em todas as demais variantes do sistema judiciário, uma demora incrível. Estamos acompanhando pela imprensa o julgamento sobre o caso da boate Kiss, no Rio Grande do Sul, se eu não me engano já faz mais de 10 anos (que aconteceu – na verdade o incêndio ocorreu em 27 de janeiro de 2013), é um absurdo”, reclamou Tite.
O comandante do Poder Executivo considera que outras situações ocorreram para postergar a resposta sobre a situação política da cidade, principalmente sobre as tentativas de outras ações em torno do caso. Apesar de ter quase um ano no cargo, Campanella segue com o discurso apoiando Auricchio e relatando que o cargo de prefeito é “de direito” do tucano.
No site do TSE foram marcados julgamentos para a próxima quinta-feira (9/12) e sexta-feira (10/12), a primeira por videoconferência e a segunda de maneira virtual, em ambas não consta o processo sobre São Caetano. No histórico do processo não houve qualquer a última movimentação ocorreu em 12 de novembro, 15 dias depois da paralização do julgamento com o pedido de vistas feito por Luís Roberto Barroso.
Até o momento o placar segue em 2 a 0 para que Auricchio tome posse para o seu quarto mandato. Mais cinco ministros vão votar neste caso, se mais dois seguirem o relator, Luís Felipe Salomão (substituído na corte por Benedito Gonçalves) o tucano será empossado. Outras duas alternativas podem acontecer, uma é a posse de Fabio Palacio (PSD), segundo colocado, porém, visto com chances menores, e a outra é uma eleição suplementar em 2022 para a escolha do prefeito.
Sobre tal hipótese, Tite afirmou que não acha que seu nome é natural para uma possível disputa, e que caso haja um novo pleito na cidade, o grupo governista terá que conversar e ouvir José Auricchio Júnior para a tal decisão.