O prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. (PT), realizou nesta quinta-feira (02/12) um encontro com a imprensa para um balanço do primeiro ano de seu quarto mandato e as atividades do 62º aniversário do município. Apesar do clima de festa, o chefe do Executivo lembrou dos problemas financeiros herdados da gestão de Lauro Michels (PV) e reforçou cuidados que serão feitos devido a pandemia do Covid-19, entre eles, a não realização das festividades do Carnaval para o próximo ano.
Filippi iniciou o evento relatando que a Prefeitura tinha uma série de problemas de ordem financeira, de logística de trabalho e de infraestrutura para conseguir iniciar a gestão. Porém, o principal problema estava na falta de contratos e de crédito com fornecedores.
“Quando assumimos encontramos uma situação absolutamente inesperada e absurda. Todos os contratos encerrados no dia 31 de dezembro de 2020, portanto, se deixássemos desse jeito não teríamos nenhum fornecedor para serviços e obras. E no contato que eu tive com esses fornecedores ficamos sabendo que a Prefeitura estava devendo quatro, cinco, seis meses de pagamentos”, explicou o prefeito.
“Tivemos que fazer uma gestão financeira muito severa, mas competente para conseguir realizar os gastos. Contingenciamos aquilo que gostaríamos de fazer, o planejamento é que para o ano que vem possamos avançar mais. Fizemos duas coisas, começamos a pagar o Instituto de Previdência (Ipred), que foi um Instituto utilizado pela gestão passada para se autofinanciar. Praticamente por dois anos e meio a gestão passada não honrava os seus compromissos com o Ipred e esse calote no Instituo se autofinanciava de maneira perversa e absurda, comprometendo o futuro, que foi o que aconteceu, e não tendo nenhuma expectativa de crédito”, seguiu o chefe do Executivo.
Segundo Filippi, a Prefeitura conseguiu elevar o seu rating (expressão inglesa para classificação de crédito) de D para C, “e seguindo para B”. Além disso, houve a retomada de contratos, entre eles, com a OSS (Organização Social de Saúde) SPDM, que já atuava na cidade, porém, que estava de forma irregular. A parceria foi acertada, inclusive, com a promessa de investir na reforma da UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e com a inclusão de novos médicos, conforme prevê o contrato.
Carnaval
Em reunião realizada com secretários nesta quinta-feira (02/12), foi decidido que não haverá festejos de carnaval em Diadema e que a cidade seguirá com a obrigatoriedade do uso de máscaras até o final do ano. Ao RD a secretária de Saúde, Rejane Calixto, relatou que é cogitada a manutenção do uso de máscaras para janeiro, mas que tal fato será decidido em cima de estudos.
O Governo do Estado de São Paulo anunciou que desistiu de liberar o uso da máscara em locais abertos e sem aglomeração devido a confirmação dos três casos da variante Ômicron. Outra decisão, já seguida pelos municípios da região, foi a de reduzir o intervalo entre a segunda e a terceira dose da vacina de cinco para quatro meses.