Terceira via é a única que pode vencer Lula no 2º turno, comenta Manente

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O período pré-eleitoral de 2022 ganhou novos capítulos nessa semana com a oficialização da filiação do ex-juiz Sérgio Moro ao Podemos e o anúncio do presidente Jair Bolsonaro no PL. Tais movimentações foram tema de conversas de políticos. Ao RDtv desta quinta-feira (11/11) o deputado federal Alex Manente (Cidadania) relatou que a entrada de Moro fortalece a terceira via, e que uma possível união deste grupo pode gerar uma possibilidade de vitória em um segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A verdade é que esse momento é para que todos possam colocar as suas pretensões, seus nomes e seus potenciais, e todos precisam ter maturidade e consciência de que se a terceira via quer ganhar a eleição, superar o Bolsonaro no primeiro turno, até porque eu acredito que o Lula já está no segundo turno, nós precisamos ter uma candidatura que se viabilize e que se unifique com as demais candidaturas desse mesmo campo, pois aí sim teremos condições de levar ao segundo turno o nosso candidato”, iniciou o parlamentar.

“Não tenho dúvidas que o único candidato que é capaz de vencer o Lula no segundo turno é o candidato da terceira via e o Moro é uma figura extremamente importante. Eu sempre disse e repito não apenas pela proximidade e amizade, mas principalmente porque ele simboliza tudo que foi colocado com muita veemência na eleição de 2018 que foi o combate a corrupção e a impunidade, e ele também é dentre os candidatos que nós observamos hoje, aquele que no Centro tem mais amplitude, então ele é um nome extremamente importante seja como candidato a presidente, como candidato a vice-presidente ou estando em uma composição de terceira via. Eu não enxergo condições de que nós possamos vencer as eleições no campo nacional caso não haja uma união de todos: Moro, PSDB, MDB, PSD que eu quero incluir nessa conta. Acho que todos esses partidos precisam ser desprendidos do objetivo pessoal, partidário, mas pensar em nosso país e nessa unidade que nós precisamos”, completou.

Para Manente, o cenário ficará mais claro após a definição do PSDB, nas prévias que ocorreram em 21 e 28 de novembro. Com tal cenário pré-montado haverá o início de conversas e definições para saber quem tentará furar a bolha Lula-Bolsonaro, mesmo levando em conta os últimos resultados de pesquisas pré-eleitorais que apontam a possibilidade do petista em vencer ainda no primeiro turno.

O deputado considera que tudo só será resolvido no início de agosto, nos últimos dias das convenções partidárias. Até este momento ainda haverá muita observação sobre os rumos de cada personagem da próxima eleição, inclusive Bolsonaro. Manente ainda quer entender se o presidente se manterá no PL até o dia 2 de abril, última data da janela partidária, ou se migrará para outra legenda, algo que fez em 2018 quando foi anunciado no Patriota, mas acabou parando no PSL.

Sobre a ida de Jair para o Partido Liberal, Alex Manente tem o entendimento de que o movimento tem um olhar mais voltado para o fortalecimento da chapa de deputados do que exatamente pensando na possibilidade de eleger um presidente, assim criando uma tentativa de cenário próximo ou superior ao que ocorreu em 2018 com o PSL.

Cidadania

Sobre o seu partido, Alex Manente ainda vê espaços para conversas sobre uma possível fusão ou a criação de uma federação, uma das novidades do próximo pleito. Partidos como PSDB, MDB, PSD, PV e Podemos são procurados na tentativa de realizar acordos. “Dificilmente um partido vai se manter caso não ocorra uma fusão ou uma federação. Estamos seguindo para o caminho de reduzir o número de legendas”, explicou.

O parlamentar acredita que caso o vencedor da prévia PSDB mantenha sua candidatura até o final, dificilmente o Cidadania seguirá um caminho de apoio para outro candidato. Apesar de ser um fiel apoiador de Sérgio Moro, Alex não vê problemas em apoio para outros nomes, principalmente em nome da união dos chamados partidos de Centro.

Na região

Sobre o ABC, o partido ainda aguarda as próximas movimentações. Para deputado estadual, o único nome que oficializou vontade de disputar o pleito foi do vereador de Diadema, Rodrigo Capel. Sobre uma possível migração de Thiago Auricchio (PL) para o partido, Alex afirmou que está “de portas abertas”, mas que será aguardado os próximos passos do Partido Liberal.

Enquanto isso em São Caetano, a legenda passará por mudanças em seu comando municipal. O vereador Marcel Munhoz dará lugar ao prefeito interino Tite Campanella. Para Alex Manente, tal mudança poderá fortalecer o partido em busca de um maior crescimento na cidade.

“Desde os tempos do Marquinho Tortorello, já teve deputado estadual, tem representatividade na Câmara com muita solidez, sempre com bons parlamentares dentro dos mais votados da cidade e agora o Tite com essa missão durante esse período em que ele governa a cidade, ele cresceu muito politicamente e hoje é uma das figuras mais notórias, das mais importantes figuras políticas da cidade de São Caetano, não apenas pelo exercício do atual mandato, mas obviamente independente do processo futuro ele se consolidou com a principal liderança depois do (José) Auricchio (Júnior, PSDB)”, disse.