Década atual é decisiva na luta contra ‘ameaça existencial’ do clima, diz Biden

Em discurso durante a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP-26), nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo para que a comunidade internacional encare a década atual como decisiva na luta contra o aquecimento global, que ele considera a maior “ameaça existencial” à humanidade.

“Estamos com os olhos da história sobre nós e enfrentamos perguntas: nós agiremos? Faremos o que é necessário? Aproveitaremos a enorme oportunidade diante de nós? Ou condenaremos as gerações futuras ao sofrimento?”, questionou ele.

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Para o líder norte-americano, os próximos anos serão fundamentais para definir se o mundo será capaz de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, conforme meta estabelecida pelo Acordo de Paris. O democrata comentou que a recente volatilidade nos preços de energia mostram a necessidade de diversificar a matriz energética e representam um “chamado à ação”.

O democrata lembrou que as transformações no clima já estão custando “trilhões de dólares” às economias, mas reiterou que, em meio à “crescente catástrofe”, existe uma oportunidade para assegurar um futuro mais verde. “Podemos criar um meio ambiente que aumente os padrões de vida”, disse.

O líder da Casa Branca ressaltou que seu projeto “Build Back Better”, que tramita no Congresso norte-americano, prevê uma série de investimentos nessa área e deve “criar milhões de empregos”. Biden informou ainda que os EUA divulgarão um plano de longo prazo para garantir a neutralização das emissões de gases do efeito estufa até 2050.

Segundo ele, o objetivo é, até 2030, diminuir as emissões de 50% a 52% na comparação com o nível de 2005.

O presidente norte-americano também prometeu anunciar novas medidas durante a COP-26 para mostrar compromisso com o clima. Biden pediu apoio ao plano encabeçado por EUA e União Europeia para reduzir emissão de metano em 30% até 2030.

Disse ainda que quer aumentar o apoio econômico a países em desenvolvimentos. “Nós que somos os principais responsáveis por desmatamento e outros problemas temos obrigação com o mundo”, declarou.

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