Outubro terminando, novembro para começar, mas o comércio já está de olho nas festividades de dezembro, principalmente nas compras para o Natal. Em Ribeirão Pires não é diferente. Em entrevista ao RD Momento Econômico desta quarta-feira (27/10) a presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires, Eliete Vieira, relatou as expectativas da cidade para o período. A líder dos empreendedores do município acredita que haverá um crescimento de 15% das vendas natalinas em comparação ao mesmo período do ano passado, entre a primeira e a segunda onda da Covid-19.
O principal motivo para acreditar nesse crescimento é o avanço do município na vacinação. Segundo o último levantamento 75,63% dos moradores tomaram a primeira dose e 69,9% estão com a imunização completa (sem contar a dose de reforço que é aplicada para os maiores de 50 anos, profissionais de saúde e os imunossuprimidos).
Tal cenário que criou uma maior flexibilização para a circulação das pessoas no comércio e mesmo a maior adesão de comércios nas promoções de Natal da Aciarp geram em Eliete um maior otimismo, mas sem se esquecer de ponderar que não é um momento que vai gerar uma retomada de cenário como em 2019, último ano antes do novo Coronavírus.
“Eu não posso falar que voltamos aos patamares de 2019, de jeito nenhum, eu acho que perdemos muito folego. Foi praticamente um ano e meio onde o comércio foi o que mais apanhou, sofreu mais. Nós ficamos de portas fechadas, nem todo mundo conseguiu acessar o empréstimo do Governo Federal, nem todo mundo conseguiu acessar um crédito de capital de giro nesse tempo, pois ficamos completamente desguarnecidos com os pequenos negócios, aqueles que mais empregam”, explicou.
A ideia é aproveitar o momento para conseguir ir além da simples retomada das vendas e da produção na cidade. Eliete ressalta que ações da Prefeitura e da própria associação em relação a cursos profissionalizantes e ajudas mais completas para os associados podem causar um cenário melhor para 2022.
No próximo ano, a estimativa é terminar o primeiro semestre com um cenário 90% parecido com o de 2019, principalmente levando em conta o Dia das Mães, principal data de compras do período. No segundo semestre a expectativa é ultrapassar o cenário de dois anos atrás.